A população brasileira está mais confiante no sistema eleitoral e um pouco menos nos meios de comunicação, embora os meios de comunicação ainda despertem maior confiança do que o sistema eleitoral. Este resultado foi registrado no Índice de Confiança Social, medido pelo IBOPE Inteligência, que tem o objetivo de acompanhar, como um termômetro, as oscilações na relação de confiança da população com as instituições e também com as pessoas de seu convívio social.
Em relação ao ano passado, o Índice de 2010 aferiu uma alta de 49% para 56% no grau de confiança atribuído ao sistema eleitoral brasileiro, sendo este o maior destaque dos resultados apresentados no Brasil.
“O dado reflete os impactos do ano eleitoral na sociedade brasileira, com todas as campanhas veiculadas pela Justiça Eleitoral, sempre reforçando a credibilidade do sistema. Entretanto, o índice está apenas na média entre as demais instituições avaliadas, havendo ainda muito espaço para aumentar sua confiabilidade”, avalia Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e novos negócios do IBOPE Inteligência.
De carona no ano eleitoral, outras instituições da política também apresentaram ganhos no Índice de Confiança Social. Foi o caso da avaliação de confiança no Governo Federal, que subiu de 53% para 59%, além do próprio Presidente da República, indo de 66% para 69%, e do Congresso Nacional, que foi de 35% para 38%.
Outras instituições não tiveram desempenho tão favorável. Além dos meios de comunicação, cujo índice caiu de 71% para 67%, houve redução do índice de confiança nas igrejas, prefeituras, bancos e o corpo de bombeiros que apresentaram redução de três pontos percentuais na comparação entre 2009 e 2010. Confira, abaixo, a tabela completa com os indicadores de todas as instituições avaliadas.
Porto Rico
Já em Porto Rico, o indicador que apresentou maior evolução foi o da confiança nos partidos políticos, subindo de 22% para 31%. A confiança no sistema eleitoral também teve melhora, de 45% para 52%. A única instituição que apresentou uma leve perda de confiança foi a polícia, que teve seu indicador reduzido de 58% para 55%.
Argentina
Na Argentina, o destaque do Índice de Confiança Social foi o crescimento da confiança no Governo Federal e na Presidente da República, cujos indicadores subiram de 29% para 51% e de 29% para 52%, respectivamente, apontando para uma recuperação da credibilidade do governo no país. Os pontos negativos foram a redução do indicador de confiança em amigos e vizinhos, que apresentaram redução de 89% para 80% e de 72% para 66% percentuais, respectivamente.
“Na comparação entre os 3 países, observa-se que as oscilações de confiança na Argentina são maiores, propícias de um momento de instabilidade e dúvida que o país vem enfrentando”, analisa Laure.
Metodologia
O Índice de Confiança Social foi ouviu 3.802 pessoas nos três países que participaram da pesquisa, entre julho e novembro de 2010. No Brasil foram realizadas 2.002 entrevistas, na Argentina 800 e em Porto Rico 1.000.
A composição do índice é feita em uma escala de quatro pontos, em que é possível medir muita confiança, alguma confiança, quase nenhuma confiança e nenhuma confiança. Todas as pontuações atribuídas são somadas e divididas pelo número de entrevistados, resultando no índice geral.
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