Os moradores receberam auxílio de familiares, amigos e vizinhos que juntos trabalharam para mudar o cenário de destruição, devido a microexplosão que passou pelo loteamento San Conrado na madrugada de domingo (5).
A moradora Gisela Carbatte Batisttel conta que foi visitar alguns amigos no condomínio, e se comoveu com a situação encontrada. “Eu, meu marido e minha filha, achávamos que haviam apenas algumas árvores caídas, mas nos deparamos com outra situação. As pessoas estavam em estado de choque, visitamos alguns amigos e meu marido chegou a trocar telhas”. Segundo ela, nessas horas não existem pessoas desconhecidas todos se uniram para ajudar. “A parte boa são as pessoas se solidarizando com as outras sem ao menos conhecer. Vi gente chorando, não só por ter perdido suas coisas e suas casas, isso realmente eles conseguem adquirir de novo, mas o choro era de comoção com a situação”, conclui.
As mídias sociais serviram como canal de divulgação sobre os fatos entre os moradores e familiares. Muitas pessoas se solidarizaram pela rede de relacionamento, e algumas postagens foram polêmicas.
“Entrei no Facebook e havia um comentário que as regiões afetas eram de pessoas ricas e por isso não deveria haver preocupação da população. Comentei a postagem, no qual, fui apoiada pelo meu raciocínio, de que nessas horas não há classe social, o que fica é o trauma sofrido por cada um que passou por essa situação”, comenta Gisela.
Além de Gisela, o morador Mário Victor Pavesi também ajudou doando 4 mil telhas, de aproximadamente 150m², que podem ser retiradas em Joaquim Egídio. Outra solidária, foi a moradora e psicóloga Luciana Rogeri, que disponibilizou alguns horários tanto para adultos como para as crianças, sem custo algum, para ajudar-lhes a lidar com a tragédia.
Nesta segunda-feira (6), o clima de solidariedade é visível pelas ruas do San Conrado. A equipe do Jornal Local visitou diversas casas e constatou a união das pessoas. Os moradores Carlos Eduardo e Graça Prodócimo receberam a ajuda dos amigos e passaram a segunda-feira limpando o caos deixado pela microexplosão. “Perdemos diversos objetos, mas graças a Deus não levamos uma telha na cabeça. O Sebá foi muito eficiente no serviço prestado a todos. Estamos na força tarefa com amigos para colocar a casa em ordem”, disse Prodócimo.
Segundo o presidente do San Conrado, Sebá Torres, o loteamento possui seguro patrimonial, que cobre apenas as edificações. “Será feito o replantio de árvores, estamos contando com a colaboração e compreensão dos moradores, vai levar um tempo, mas vamos reestruturar o San Conrado”.
O subprefeito Wander Vilallba, também morador do loteamento, esteve durante a tarde no local apoiando os moradores.
Arrecadações
Os moradores do San Conrado se uniram para realizar doações com itens básicos, como: água potável, macarrão, arroz, produtos de higiene e de limpeza, e roupas. Um grupo de jovens passaram na noite de ontem (6) com seus veículos anunciando que estão de plantão na rua Leblon, 420, para receber as demandas de moradores e arrecadações.
Mutirão
Os moradores estão se organizando através das redes sociais, para realizar um mutirão de limpeza, para a retirada de entulhos e galhos de árvores. “Depois deste susto e passado todos os transtornos, sugiro montarmos uma Defesa Civil do San Conrado para termos uma ideia de efetivo humano e equipamentos para atuarmos em emergências como esta que estamos vivendo”, disse o morador Mário Victor Pavesi.
Matéria atualizada em 7 de junho às 13h52
