O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou ter tentado interferir na investigação que o FBI está fazendo sobre a ingerência russa nas últimas eleições presidenciais. A informação é da Agência EFE.
Perguntado em uma entrevista coletiva que concedeu ontem (19) com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, se tentou interromper essas investigações, Trump respondeu apenas com um seco “não” e pediu a próxima pergunta.
“Inclusive meus inimigos disseram que não há conluio. Não há conluio”, disse Trump sobre o caso que investiga as ligações entre membros de sua campanha com o Kremlin para prejudicar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.
Qualquer sugestão de uma possível conduta irregular em relação ao caso foi considerada por Trump como “totalmente ridícula”.
“Caça às bruxas”
O presidente disse respeitar a nomeação do promotor especial para supervisionar o caso, Robert Mueller, mas considerou que sua escolha divide o país. “É uma caça às bruxas que nos distrai de outras questões sobre as quais deveríamos estar trabalhando”, afirmou.
“Respeito o movimento, mas tudo isso foi uma caça às bruxas”, reiterou Trump aos jornalistas.
Em um comunicado, o procurador-geral-adjunto, Rod Rosenstein, anunciou na quarta-feira (18) a nomeação de Mueller para supervisionar a investigação sobre a ingerência Rússia nas eleições e os possíveis laços do Kremlin com a campanha de Trump.
“Minha decisão não é uma crença de que foram cometidos delitos ou que uma acusação está garantida. O que determinei é que, com base em circunstâncias únicas, o interesse público requer que coloquemos essa investigação sob a autoridade de uma pessoa que exerça uma certa independência da cadeia de comando”, explicou.
O novo promotor especial comandou o FBI por 12 anos, durante as presidências de George W. Bush e Barack Obama. Mueller foi substituído no cargo em 2013 por James Comey, demitido por Trump na semana passada.