Os jornalistas do jornal Estado de Minas seguem paralisados reivindicando o pagamento em dia dos salários. Os trabalhadores que receberam também estão parados em solidariedade aos que estão com salários atrasados.
A categoria cruzou os braços nesta quinta-feira (11) contra prática da empresa que tem o hábito de pagar alguns trabalhadores no começo do mês, outros na metade e alguns até mesmo no fim ou no mês subsequente, sem nenhum critério ou aviso para que os jornalistas consigam se programar para pagar as contas e se sustentar.
De acordo com nota publicada no Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, em um mês o trabalhador pode receber na data prevista (5° dia útil do mês) ou só no fim, o que causa insegurança e ansiedade.
Também não há critério econômico para o pagamento, diz a nota, que explica: Algumas vezes os repórteres que ganham mais recebem primeiro e os de mais baixos vencimentos por último.
O Sindicato diz ainda que também não há diálogo. “A empresa não informa os trabalhadores sobre os motivos dos atrasos e os critérios para os pagamentos. Informações vagas são prestadas somente quando há movimentação grevista”.
Os donos do jornal Estado de Minas também não pagam abono de férias, mas lançam no contracheque, não recolhem Fndo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), cortaram o salário ilegalmente em 30%, e não repõem o Índice de Preços a Consumidor (INPC) desde 2017.
Dezenas de reclamações já foram encaminhadas pelos trabalhadores ao Ministério Público do Trabalho, mas o problema segue sem solução nem penalidades à empresa.
Fonte CUT