Cada milímetro representa um litro que chove em uma área de 1 m². As médias são observadas mensal ou anualmente e, em um ano, a coleta de uma cisterna pode ultrapassar os 92 mil litros.
Saber utilizar os recursos pluviais para reuso da água é uma das medidas para conter crises hídricas e estabelecer posicionamentos coerentes com as diretrizes de aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG). A prática ganha adeptos em grandes construções, como edifícios e indústrias, e tornou-se realidade na região de Jundiaí: a Faculdade Anhanguera adotou a captação de águas da chuva como forma de contribuir com o meio ambiente e diminuir gastos.
“O esquema de abastecimento irá atender às demandas para vasos e mictórios nos banheiros da Instituição, além da limpeza das áreas comuns e das irrigações do campus”, explica o professor André Belchior, diretor da unidade. O sistema completo funciona no Bloco H da Faculdade, com três reservatórios e aparelhos de filtragem, bombeamento, cloração e hidrômetro.
No Estado de São Paulo, a média pluviométrica anual é de 1.340 mm, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o que permite a captação de até 7.700 litros por mês em um único reservatório. Esse volume corresponde à quantidade de chuva de uma região, expressa em milímetros por metro quadrado. Cada milímetro representa um litro que chove em uma área de 1 m². As médias são observadas mensal ou anualmente e, em um ano, a coleta de uma cisterna pode ultrapassar os 92 mil litros.
“Esse pode ser um exemplo para residências ou condomínios. No início do ano, foram registrados recordes de precipitação em Jundiaí”, afirma o diretor. De acordo com dados da Defesa Civil, no balanço de chuvas da cidade, foram 342 milímetros em dezembro de 2021, 608 milímetros em janeiro de 2022, 173 milímetros em fevereiro e 402 milímetros em março. “A medida de reaproveitamento é conveniente tanto economicamente quanto no que tange ao desenvolvimento sustentável da Instituição”, completa Belchior.
“Um projeto de captação sustentável é altamente complexo, e demanda uma atuação interdisciplina dos times. Porém, todo o investimento vale a pena, tendo em vista os frutos que iremos colher de uma ação tão propositiva como essa. O intuito é contribuir de forma eficiente com o meio ambiente e, consequentemente, com as pessoas que vivem nele”, reforça Hylton Olivieri, Diretor de Infraestrutura da Kroton, mantenedora da Anhanguera.
A iniciativa na unidade é uma das frentes de ESG da Kroton, vertical B2C de ensino para jovens e adultos da holding Cogna Educação. Com forte atuação nas questões ambientais, sociais e de governança corporativa, a companhia está assumindo o compromisso de implantação de pilotos do reuso de água, como esta implementada na Anhanguera Jundiaí, além da coleta seletiva e eficácia energética, em algumas de suas unidades.