20.9 C
Campinas
sexta-feira, julho 4, 2025

Violência entre torcidas de futebol destrói sonhos de famílias brasileiras

Data:

Ela gritava no celular: “Tiago, mataram meu filho, mataram meu filho!” Esse foi o desabafo de Joelma Valdevino, mãe de Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, ao se dirigir desesperada a seu irmão Tiago Valdevino, informando a morte do filho dela. Paulinho, como era conhecido, foi atingido por um vaso sanitário e morto na hora, durante uma briga entre torcedores do Paraná e do Santa Cruz, no estádio do Arruda, em Recife, no dia 2 de maio de 2014.

“Ele era uma pessoa pacífica, a gente nunca ouviu falar que ele sequer tivesse algum desentendimento com alguém, nem quando era criança, jovem ou adolescente. Logo depois do ocorrido, a gente evitava ligar a TV e assistir a partidas de futebol. A forma violenta como ele morreu trouxe um sofrimento ainda maior”, afirmou Tiago, tio de Paulo Ricardo, bastante emocionado.

“Na verdade, só quem perde uma pessoa é quem sabe dizer. Eu não acreditava que aquilo tivesse acontecido; estava vendo o corpo dele ali, mas a ficha não havia caído ainda. A violência não tem espaço, o futebol é muito lindo. Seria importante um clamor de paz, paz no futebol”, concluiu Tiago.

Para conscientizar torcedores e população sobre a violência, e construir um ambiente pacífico no futebol, o Governo Federal, por meio do Ministério do Esporte, em parceria com entidades esportivas, lançou no dia 5 de novembro a campanha Cadeiras Vazias e o Movimento de Ocupação pela Paz no Futebol. Durante a partida entre Esporte Clube Bahia e São Paulo Futebol Clube, na Arena Fonte Nova, o público pode ver 384 cadeiras vazias, representando o número de vítimas da violência no futebol entre 1993 e 2023.

As ‘cadeiras vazias’ fazem alusão às consequências irreparáveis da violência nos estádios. A campanha também reflete a violência extrema, que ceifa vidas e destrói famílias, e também sobre outras formas graves de violência, como racismo, homofobia, xenofobia, agressões contra a mulher e intolerância religiosa. Todos esses atos levam as pessoas a se afastar dos estádios e a se desencantar para sempre com o futebol, um dos pilares da identidade cultural do país.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe esse Artigo:

spot_imgspot_img

Últimas Notícias

Artigos Relacionados
Relacionados

Golpistas pagam o Google para espalhar armadilhas em e-mails patrocinados

Sem nenhum tipo de controle das plataformas digitais, as...

Polícia Militar do Rio faz exercícios táticos para reunião de cúpula do Brics

Unidades especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro...

Secretário da Segurança de SP constrói casa de luxo em condomínio de milionários

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme...
Jornal Local
Política de Privacidade

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) já está em vigor no Brasil. Além de definir regras e deveres para quem usa dados pessoais, a LGPD também provê novos direitos para você, titular de dados pessoais.

O Blog Jornalocal tem o compromisso com a transparência, a privacidade e a segurança dos dados de seus clientes durante todo o processo de interação com nosso site.

Os dados cadastrais dos clientes não são divulgados para terceiros, exceto quando necessários para o processo de entrega, para cobrança ou participação em promoções solicitadas pelos clientes. Seus dados pessoais são peça fundamental para que o pedido chegue em segurança na sua casa, de acordo com o prazo de entrega estipulado.

O Blog Jornalocal usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.

Confira nossa política de privacidade: https://jornalocal.com.br/termos/#privacidade