Relatório Latam Pulse expõe crise de popularidade dos presidentes do Senado e da Câmara, que aparecem na lanterna entre 16 líderes avaliados
Os dois principais nomes do Congresso Nacional enfrentam um momento de forte desgaste junto à opinião pública, segundo revelou a mais recente rodada do relatório Latam Pulse, parceria entre a AtlasIntel e a Bloomberg.
De acordo com o levantamento, Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, e Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, figuram na última posição do ranking de popularidade entre 16 líderes analisados em todo o país.
Cenário ruim para a cúpula
Os dados acendem um alerta no coração do Congresso. Alcolumbre, que já vinha sendo alvo de críticas por articulações de bastidores, vê sua imagem pública se deteriorar em meio a disputas internas e pautas impopulares. Já Hugo Motta, que assumiu a presidência da Câmara recentemente, também amarga altos índices de rejeição mesmo apostando no discurso de diálogo entre Executivo e Legislativo.
Especialistas apontam que o desgaste pode impactar diretamente as negociações políticas no segundo semestre, especialmente em temas sensíveis como reforma tributária, mudanças fiscais e novas pautas de arrecadação.
Latam Pulse revela queda geral
A pesquisa Latam Pulse é considerada um termômetro estratégico para investidores e analistas de risco na América Latina. Além de Alcolumbre e Motta, outros nomes do Congresso aparecem com índices de aprovação em queda, refletindo o clima de insatisfação com a classe política em meio a crises econômicas, escândalos pontuais e a polarização que segue acesa.
Para analistas políticos, o resultado mostra que, mesmo longe de eleições gerais, os principais caciques do Legislativo precisam reverter a má imagem se quiserem manter influência e capital político.
Reação nos bastidores
Procurados, assessores de Alcolumbre e Motta minimizaram os números, alegando que o cenário é passageiro e que ambos têm focado em articular votações cruciais para destravar projetos estratégicos do governo federal. Nos bastidores, porém, aliados admitem preocupação e já avaliam reforçar ações de marketing político para tentar reverter a maré negativa.