Por ordem de Alexandre de Moraes, ex-presidente será monitorado eletronicamente, terá toque de recolher e não poderá se comunicar com investigados nem diplomatas
Foto Antonio Augusto/STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de uma nova operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (18). A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e atingiu também a sede do Partido Liberal (PL) e endereços de aliados políticos.
Entre as medidas determinadas pelo STF, Bolsonaro passará a usar tornozeleira eletrônica, terá que cumprir toque de recolher — devendo permanecer em casa entre 19h e 7h — e está proibido de acessar redes sociais. Ele também não poderá manter contato com outros investigados ou réus em processos relacionados à tentativa de golpe de Estado e à deslegitimação do processo eleitoral de 2022.
Além disso, Bolsonaro está impedido de manter contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, bem como de se aproximar de embaixadas. A decisão busca evitar articulações internacionais que possam comprometer as investigações em curso.
As medidas cautelares representam um avanço no cerco judicial contra o ex-presidente e seu núcleo político. Com a nova decisão, Bolsonaro se torna o primeiro ex-presidente brasileiro obrigado a usar tornozeleira eletrônica, em mais um capítulo das investigações conduzidas pelo STF e pela Polícia Federal sobre ataques à democracia.
A operação de hoje reforça o endurecimento das instituições brasileiras diante dos atos golpistas e do uso político de plataformas digitais para ameaçar o Estado Democrático de Direito.