Vítima sumiu na região de Amparo; suspeito foi reconhecido por quatro testemunhas e carro apareceu incendiado em Sumaré
A investigação sobre o desaparecimento de Marcelo Bacci Coimbra, 64, ganhou contornos mais graves após a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) do DEIC de Campinas instaurar um inquérito de homicídio, mesmo sem o corpo ter sido encontrado. O caso, inicialmente tratado como simples desaparecimento, passou a envolver indícios que apontam para violência, fraude financeira e tentativa de ocultação de provas.
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O telefone da vítima, achado abandonado, permitiu aos investigadores identificar o homem que esteve com Marcelo em um motel na noite em que ele desapareceu. Funcionários confirmaram que os dois chegaram juntos e deixaram o local na mesma madrugada. O suspeito, cuja identidade permanece sob sigilo para não comprometer a investigação, também foi reconhecido por ao menos quatro testemunhas em etapas diferentes da apuração.

A família procurou a polícia depois de notar operações bancárias fora do padrão. O rastreamento dessas transações levou os agentes a duas novas frentes de informação em São Paulo: um profissional do sexo masculino que já teria se encontrado com o suspeito e o dono de uma sauna frequentada pelo mesmo homem. As coincidências reforçaram a linha de trabalho da DIG, que passou a tratar a hipótese de latrocínio como possível motivação, embora nenhuma conclusão tenha sido formalizada.
O desaparecimento se tornou ainda mais crítico quando o carro de Marcelo foi localizado completamente queimado em Sumaré. A perícia tenta recuperar fragmentos do veículo que possam indicar se houve transporte de corpo ou destruição deliberada de vestígios.
A Polícia Civil trabalha para montar a sequência exata dos acontecimentos entre a saída do motel e o incêndio do automóvel. Um dos focos é identificar se o suspeito agiu sozinho ou contou com apoio de terceiros para apagar rastros e movimentar o dinheiro subtraído. Outro ponto sensível é o percurso realizado após o encontro: câmeras de rodovia e pedágios estão sendo analisadas para rastrear deslocamentos compatíveis com o sumiço da vítima.
Investigadores também avaliam se há registros anteriores de crimes semelhantes na região envolvendo o mesmo investigado, o que poderia indicar atuação repetida ou padrão de abordagem. O histórico financeiro recente de Marcelo está sendo mapeado para entender se houve acesso facilitado às senhas ou uso de coação.




