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domingo, dezembro 22, 2024

Sexualidade de Cegos

Data:

A sexualidade nunca foi tão explicitada pela mídia, que com um marketing sempre atualizado associa êxito pessoal e profissional à imagem de um ser humano bem sucedido, realizado e sedutor. Uma espécie de mercadoria, um fetiche ao alcance de todos. Em outras palavras, um tipo de “consumismo do sexo descartável” que se caracteriza pela efemeridade e ausência de compromisso. Nota-se que uma das principais características deste modo fugaz de vivenciar a sexualidade se constitui no privilegiamento do sentido da visão. A velocidade da mídia exige a velocidade do olhar… Inegavelmente, o olhar pode funcionar como uma forma de aproximação, de sedução e de magnetismo no jogo erótico, constituindo uma linguagem universal de atração; ou também de indiferença ou aversão entre as pessoas. O olhar representa um estado inicial de atração, mas o momento seguinte à aproximação vincula-se, também, aos outros sentidos: o tato, a audição, o olfato, que, aliados, compõem a atração pelo objeto desejado como um todo. Nas relações amorosas, o gesto, o toque, a voz, o corpo, o beijo e o cheiro da pessoa amada são percebidos em sua especificidade e totalidade erótica. Nestes momentos, cegos e não-cegos transitam por horizontes singulares e, ao mesmo tempo, semelhantes. Diante dessa realidade, são inúmeras as barreiras a serem ultrapassadas pela pessoa cega, desde a mais tenra idade. O referencial de cognição da pessoa cega centraliza-se, particularmente, na percepção auditiva, tátil, olfativa, fato que não recebeu, ainda, a devida atenção das políticas educacionais, dos meios de comunicação e da sociedade como um todo.

S U M Á R I O

Apresentação

Capítulo 1
Sociedade: Deficiência e Preconceito
A deficiência visual
Necessidades do deficiene visual

Capítulo 2
Adolescência do Deficiente Visual e o Preconceito

Capítulo 3
Adolescer: a Vivência de Portadores de Deficiência
A adolescência do deficiente visual
A socialização do adolescente deficiente visual
O encontro com adolescentes cegos
A voz dos adolescentes – o contexto familiar
O namoro: desejos, sonhos e medos
O preconceito

Capítulo 4
Educação sexual e deficiência visual
Apresentação dos depoimentos
O diálogo do silêncio versus o silêncio do diálogo
Horizontes

Capítulo 5
Amor sem Fronteiras: a Relação Afetivo-sexual de Pessoas Dotadas de Visão com Pessoas Cegas
A pesquisa e seus objetivos
Percurso em direção aos colaboradores
Desistências e justificativas
A voz de cinco colaboradores
Ocultamento do relacionamento
Superficialidade das relações
Amor sem fronteiras
O encontro amoroso
O diálogo autêntico
O relacionamento com o cego
A aceitação da família
A admiração pelo companheiro
A importância do olhar na “paixão”
Sexualidade e sociedade

Referências

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