“É preciso parar com estes projetos “caça níqueis” que em nome do meio-ambiente e do entretenimento, usam os nomes dos distritos para fazer ‘coisa nenhuma’”
O Jornal Local entrevistou Ton Crivelaro, presidente da APTC (Associação Profissional de Teatro de Campinas), morador do distrito e que sente a ausência de cultura na região.
J.L: Existem projetos culturais que envolvam Sousas e Joaquim Egídio?
Ton: Nenhum. Existem três pontos que precisam ser reativados com urgência: o salão da Societá Italiana, que embora, conte com o Sr. Vitório Palumbo, precisa viabilizar parcerias com teatro para movimentar o espaço nos finais de semana.
O Clube Recreativo ao lado da praça Beira Rio. Um clube tradicional que deveria estar à serviço da população, mas, que hoje, serve à outros interesses. As atividades deste clube deveriam ter sido tombadas, para que ele não fosse entregue como foi. E as Casas de Cultura ao lado das subprefeituras de Sousas e Joaquim que precisam funcionar de verdade ou então, uma deveria virar complemento do Rio Atibaia e a outra virar uma praça.
O potencial da região é muito grande, mas, acho que os distritos vivem um momento de “ostracismo cultural”. As pessoas acham que promovendo um “showzinho” na praça promovem a cultura por aqui. Hoje, isso não faz aumentar nem o público nos restaurantes e bares, pelo contrário, afugenta, porque ninguém aquenta mais esta mesmice.
J.L: Existem projetos sociais envolvendo crianças da região?
Ton: Culturais não. Deveria ser criado um fórum, onde comerciantes, empresários, professores, entre outros, pudessem discutir possíveis projetos para a área.
J.L: O que você acha que deve ser feito na região?
Ton: Precisamos de projetos consistentes que tenham potencial de crescimento. É preciso parar com estes projetos “caça níqueis” que em nome do meio-ambiente e do entretenimento, usam os nomes dos distritos para fazer “coisa nenhuma”.