Está confirmado o despejo das famílias do MTST que estão vivendo no
acampamento Frei Tito, no Jd. Petrópolis em Campinas. A REINTEGRAÇÃO
DE POSSE SERÁ EFETUADA PELA POLÍCIA MILITAR A PARTIR DAS 5 HORAS DA
MANHÃ DESTA SEXTA-FEIRA, 11 DE ABRIL.
HÁ POSSIBILIDADE DE CONFRONTO, pois as famílias não têm para onde ir e
o movimento vai lutar para que nenhuma mãe ou pai de família, nenhuma
criança fique na rua. O MTST resistirá de diversas maneiras a
negligência da prefeitura de Campinas em atender as famílias e a
tentativa de expulsar os sem-teto da região e calar a voz do povo
pobre da periferia em
vez de solucionar os problemas sociais da cidade.
Estamos lutando por nada mais que um direito constitucional: moradia
digna. Um direito que como tantos outros não sai do papel sem
mobilização social. De acordo com o artigo 6° da Constituição
Federal, “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição”.
Contatos:
Gabriel: (11) 8454-4978
Natália: (19) 9126-2524
Marco: (11) 8643-7669
www.mtst.info
HISTÓRICO
No dia 28/03 famílias do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)
ocuparam simultaneamente três áreas no Estado de São Paulo,
localizadas nos municípios de Mauá, Embu-Guaçu e Campinas. Os terrenos
são latifúndios urbanos que estavam ociosos, sem cumprir sua função
social, enquanto milhares de famílias sem-teto não têm assegurado seu
direito à
moradia digna.
Na ocupação nomeada Frei Tito, em Campinas, desde terça feira, dia
08/04, 5 sem-tetos se acorrentaram em frente à prefeitura municipal da
cidade. Junto com os acorrentados há mais de 300 famílias acampadas no
Paço Municipal de Campinas. O acampamento e acorrentamento são para
protestar e exigir uma solução para o problema das famílias que estão
no terreno ocupado há dez dias, e que serão despejadas nessa
madrugada. A cada dia que a prefeitura se negar a negociar com as
famílias mais um será acorrentado.
As ocupações fizeram parte da jornada de luta urbana protagonizada
por movimentos populares de 9 estados brasileiros durante todo o dia
28 de março, com o objetivo de chamar a atenção do governo e da
sociedade em geral para as condições miseráveis em que vivem milhões
de famílias brasileiras e reivindicar direitos fundamentais que não
saem do papel para o povo pobre, como moradia digna, emprego,
transporte público, educação pública de qualidade, creche e tarifa
social de energia elétrica.
Diversos intelectuais, parlamentares, entidades e dirigentes
populares declararam apoio à jornada nacional de luta urbana. Durante
as ações, os movimentos lançaram o “Manifesto Popular de 28 de
março”.