No dia 14 de agosto de 1968, o The Who terminou um show no Fillmore West com a canção “My generation”, Pete Townshend não quebrou sua guitarra, e Jann S. Wenner, até então editor da Rolling Stone, quis saber o porquê. Esta foi a primeira entrevista completa da Rolling Stone, que antes tinha um formato enxuto e até mesmo previsível para entrevistas. A conversa com Pete Townshend, que aconteceu na casa de Wenner, teve um tom privado, íntimo, e naquela época, o The Paris Review e a Playboy eram as únicas publicações onde se encontravam entrevistas profundas e instigantes.
Logo a revista ganhou prestígio, em nenhum outro lugar era possível ler dez ou quinze páginas de Jerry Garcia, Jim Morrison ou de Johnny Cash, que ficou muito feliz da revista entrevistá-lo já aos 40 anos.
As entrevistas da Rolling Stone têm sido a parte central da revista americana mais importante de sua geração. É a impressão da significância cultural, o lugar onde nossos maiores astros do rock, estrelas de cinema e ícones revelaram e revelam suas verdadeiras faces como em nenhum outro lugar. John Lennon, por exemplo, numa entrevista de 1971, aliás, uma das mais importantes da revista, fez revelações sobre as “orgias” que acompanharam a vida na estrada com os Beatles, falou francamente sobre o uso de drogas que a banda fazia e ainda revelou que canção “Help” marcou o momento quando os quatro rapazes começaram a experimentar maconha.
As entrevistas da Rolling Stone não cobrem apenas o mundo das estrelas. Ao longo dos anos, a revista ganhou reputação por suas análises inovadoras e coberturas completas sobre política; foi contra as guerras do Vietnã e Iraque e suas entrevistas com chefes de estado sempre fugiram do trivial e revelaram quem eram aquelas pessoas, suas experiências e crenças que formaram seus pensamentos. Uma entrevista clássica é a do ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, que perdeu a paciência, durante a entrevista, com aquilo que ele chamava de “imprensazinha mediocremente liberal” – “Estou de saco cheio disso, e você pode colocar isso nesse seu artigo de merda” – disse Clinton.
Rolling Stone – As melhores entrevistas da Revista Rolling Stone – chega ao Brasil pelas mãos da editora Larousse do Brasil, o livro é mais do que uma simples coletânea, é uma história cultural, um retrato de figuras definitivas de nossa época. O leitor vai achar vozes cruciais dos anos 60, (Lennon, Jagger, Dylan, Townshend e Jerry Garcia), grandes compositores dos anos 70, (Neil Young e Joni Mitchell), dos anos 80 (Bruce Springsteen e Bono), dos anos 90 (Kurt Cobain) entre outros. Vai encontrar grandes diretores de cinema como Francis Ford Coppola, George Lucas, Clint Eastwood e Spike Lee. Grandes escritores como Hunter S. Thompson, Truman Capote, Tom Wolfe, e como brinca Jann S. Wenner, até Deus a revista já entrevistou isto, é claro, na figura de Dalai-lama.
Autores:
JANN S. WENNER mora em Nova York, é fundador, editor e publisher da revista Rolling Stone e presidente da Wenner Media.
JOE LEVY é editor-executivo da Rolling Stone e também atua como professor-adjunto do Departamento de Música de Clive Davis na Universidade de Nova
TRADUTOR/ADAPTADOR: Emanuel Mendes Rodrigues
Editor/Brasil : Isney Savoy
Editora: Larousse do Brasil
Páginas: 448
Formato:15,7 X 23
Preço: 49,90
