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domingo, setembro 22, 2024

Pipas foram responsáveis por 8% dos desligamentos de energia elétrica em julho

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Brinquedo milenar, de aparência inofensiva, a pipa tem se apresentado como vilã nos últimos tempos, quer seja pelos acidentes com motociclistas ou pelos desligamentos provocados na rede de energia elétrica. Ela, que já serviu como instrumento para comprovar a existência de eletricidade nos relâmpagos – pelos experimentos de Benjamin Franklin em 1752 – foi a responsável por 8% de todos os desligamentos ocorridos durante as férias de julho na rede de distribuição em 31 cidades da CPFL Paulista na região de Campinas.

Em números reais, as pipas deixaram mais de 166,7 mil clientes sem eletricidade, ou cerca de 500 mil pessoas (estimativa). “O brinquedo é inofensivo, mas a forma como é utilizado é que o deixa perigoso”, afirma Wilson Maldonado Jr., gerente regional da CPFL Paulista. O perigo está na utilização de cerol (mistura de cola e vidro moído) utilizado para deixar as linhas mais resistentes e na tentativa de recuperar pipas enroscadas nos cabos elétricos. “O ideal é soltar pipas longe da rede elétrica. Se acontecer de o brinquedo ficar preso na rede elétrica, a melhor coisa a fazer e dá-lo como perdido. A tentativa de recuperação sempre causa desligamentos e pode provocar acidentes de grandes proporções, inclusive com vítimas”, alerta Maldonado.

Mas o fim das férias não significa o fim dos problemas. As pipas enroscadas nos cabos elétricos em julho continuarão a provocar desligamentos por um bom tempo e os efeitos já foram observados neste mês de agosto. Isto porque as linhas e varetas, quando molhadas pela chuva, tornam-se condutoras de eletricidade e provocam curtos-circuitos no sistema. “Não queremos acabar com a brincadeira das crianças, mas os desligamentos provocados pelas pipas poderiam ser evitados se alguns cuidados básicos fossem adotados, como brincar somente em praças ou campos, onde não existam condutores elétricos nas proximidades”, completa.

A CPFL Paulista orienta sobre a forma mais segura de praticar a brincadeira:

Pipas devem ser empinadas longe de rede elétrica e de preferência em espaços abertos como praças, parques e campos de futebol. Isso evita interferências na qualidade do fornecimento de energia elétrica, serviço telefônicos e em antenas;

A utilização de “rabiolas” deve ser evitada, elas agarram nos fios elétricos, desligando o sistema e provocando choques;

Utilizar papel alumínio é errado, pois este material, em contato com os fios, provoca curtos-circuitos.

Caso a pipa enrosque nos fios, é melhor desistir do brinquedo. Subir em telhados ou postes para recuperá-las representa risco de choque, assim como tentar removê-las com canos ou bambus.

Não é indicado soltar pipas na chuva. Ela funciona como pára-raio, conduzindo energia;

Não é indicado subir nas lajes das casas para empinar pipa, qualquer distração pode causar uma queda;

Linhas metálicas não devem ser usadas no lugar da linha comum, pois podem provocar choques elétricos;

É necessário ter cuidado com ciclistas e motociclistas. Acidentes acontecem porque as linhas não podem ser vistas;

O uso do cerol é proibido por lei e pode matar.

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