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sexta-feira, setembro 20, 2024

Distritos contam com dez Associações de Moradores de Bairro

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Nos distritos existem dez Associações de Moradores, mas a maioria está esquecida pelos seus representantes. Os bairros Jardim Jatibaia, Conceição e Cohab perderam sua representatividade, pois não trouxeram as melhorias necessárias para o bairro, ocasionado muitas vezes pela fraca participação popular.

As Associações devem atuar principalmente junto à subprefeitura dos distritos com o objetivo de reivindicar melhorias para os bairros, como limpeza das ruas e praças, sinalização, manutenção nos pontos de ônibus, entre outras. Com isso, os moradores ganham mais qualidade de vida proporcionando maior progresso nos bairros. Além de ser sempre a primeira instância de reclamações, os moradores podem e devem também reivindicar seus direitos junto ao Poder Público, e aos órgãos competentes.

Assessores de vereadores

Infelizmente as Associações de Moradores vem sendo utilizadas como trampolim para cargos políticos. Segundo a nossa pesquisa feita na Câmara dos Vereadores de Campinas, dos 33 vereadores, 21% têm em seu quadro de funcionários moradores de Sousas e Joaquim Egídio.

Situação das Associações

A Associação dos Moradores do Jatibaia, não existe aproximadamente há três anos. Foi desfeita, pois na época não houve um consenso entre os moradores quanto à cobrança de uma taxa para que o bairro tivesse patrulhamento de vigilância. Segundo Darly Pellegrini, que era uma das responsáveis, muitas das reivindicações do bairro não eram ouvidas, muito menos atendidas. “Acabei caindo na descrença de que mudanças pudessem ser feitas”, relata a moradora.

A situação não é diferente das demais, no Jardim Conceição a Associação deixou de existir a muito tempo. Aparecido Ferreira da Silva, Conselheiro do Orçamento Participativo do distrito e também morador do local, aproveita as reuniões do Conselho para levar as demandas da população. “Sousas é o pior exemplo, pois as associações não dão continuidade ao trabalho, e acabam deixando de exercer seu papel de concretizar obras e serviços para a comunidade”, relatou Cido.

O bairro do Imperial Parque, também enfrenta uma situação crítica. O presidente da Associação, Antonio Carlos Cremasco, mais conhecido como Lulinha, diz que as principais demandas do local são a limpeza das praças e calçadas que acumulam mato alto e entulho.

“Meu mandato vai até maio de 2015, quando será aberta nova eleição, e pretendo me candidatar novamente. Quero continuar na luta para que as melhorias sejam realizadas”, menciona Lulinha. Ele ainda informa que até agora o Imperial Parque passou pelo recapeamento do asfalto, canalização do esgoto e de águas fluviais; melhorias na linha de ônibus, alambrados para o campo, construção do parquinho para as crianças, entre outras conquistas que a Associação está conseguindo com o apoio dos moradores.

A Associação do bairro não tem sede própria, e as reuniões são realizadas na casa do presidente ou na Praça Sebastião Coutinho, que precisa de revitalização, e é pauta das próximas reuniões dos moradores. Lulinha informa ainda que a limpeza do bairro é feita pela subprefeitura, mas muitos moradores não colaboram com a limpeza, e acabam jogando entulho em locais que foram limpos recentemente.

Com maior de atuação na comunidade local, está o bairro do Nova Sousas, representado pelo atual presidente, Messias Silva Junior e Fernando Nogueira como vice. De acordo com a diretoria, a próxima eleição será convocada em 2016, e toda a verba arrecadada vem através de eventos promovidos pelos moradores que se unem para realizar bingos, festa junina, churrasco e almoços.

A Associação também não tem sede própria, e as reuniões são realizadas no salão da Igreja Imaculada Conceição. Algumas demandas dos moradores foram concluídas – colocação de uma lombada na Rua João Batista Vinci; construção do muro de arrimo no campo de futebol; reforma na calçada da Igreja Imaculada Conceição; instalação de playground, e mudança interna da linha 391, solicitada pelos moradores, devido a manobra perigosa  defronte a entrada da EMEF “Ângela Cury Zákia”. Em relação a este protocolo, a Associação cobra melhorias referente à reestruturação do ponto final da linha; como cobertura, bancos e elevação da calçada, relata Messias.

A Associação trabalha no projeto para criação da Escolinha União Nova Sousas Futebol Clube, projeto iniciado em fevereiro de 2013. Infelizmente, até o momento  não saiu do papel, mas um levantamento feito no bairro, mostra que 100 crianças têm interesse em participar da escolinha.

A única que tem sede própria é a Associação dos Moradores da Vila Santana, representada pela presidente Lia Felippe. O mandato da diretoria expirou há mais de três meses, e nova eleição ainda não foi convocada. Tentamos contato para confirmar as informações, mas a presidente não retornou as ligações, e alguns moradores relataram a nossa redação, que a Associação cedeu uma parte do terreno para a Associação Beneficente Acácia de Sousas, uma entidade da maçonaria que promove aulas de inglês, confraternizações, festas e diversos eventos para a comunidade maçom. Ainda segundo os moradores, foi levantado recentemente paredes para fechar o espaço, e isso pode ter sido base de troca pelo local cedido.

Segundo o advogado Dr. José Antonio Cremasco, se o terreno foi doado para a Associação com uma finalidade específica – reuniões com os moradores por exemplo, o local não pode ser usado para outro fim, pois seria considerado utilização indevida.

Dr. Cremasco explica também que espaço sendo utilizado pela Associação Beneficente e a mesma pagar aluguel a Associação de Moradores, ela pode utilizar o local da maneira que achar apropriado. Se não pagar aluguel, o cancelamento da doação pode ser solicitado, mas somente o doador quem pode pleitear esse pedido, como reintegração de posse.

Joaquim Egídio

A única Associação representativa do distrito de Joaquim Egídio é a AMAJE.  Segundo o presidente Antonio Carlos Mercadante é uma Associação Civil sem fins lucrativos, sem vinculação religiosa, não governamental, não distributiva. Possui o objetivo permanente de garantir a melhor qualidade de vida para todos e a preservação ambiental do distrito, defendendo-os no exercício de seus deveres/direitos coletivos e individuais, que organiza em estruturas adequadas de ação e desenvolvimento de trabalho cidadão, social, educativo e cultural.

Mercadante, afirma que tem como principal demanda a questão de estacionamentos irregulares de veículos de visitantes e moradores da região, além do problema do barulho nos finais de semana e feriados. Outra demanda considerada prioridade, é a pavimentação da CAM 127, que liga o distrito à Rodovia Dom Pedro I, como também o aumento na quantidade de linhas de ônibus. “Muitos moradores reclamam que chegam a ficar muito tempo aguardando no ponto”, relata Mercadante. A associação não tem sede própria e as reuniões são realizadas no salão da subprefeitura ou na Estação Cultura de Joaquim Egídio.

Loteamento fechados

A ação das Associações de Bairro também está atuando nos condomínios fechados dos distritos. Em 1990 foi criada a Associação do Jardim Botânico, com a finalidade de dar vigilância às casas do loteamento, que na época eram poucas. Com o crescimento do local, foi construída uma portaria que hoje conta com vigilância 24h.

Atualmente o regime da Associação do Jardim Botânico, não possui um presidente, e os moradores são representados por cinco diretores. As principais demandas do loteamento é a questão da segurança; o registro de entrada e saída de moradores e visitantes. Os diretores conseguiram recentemente a plantação de 2 mil árvores nativas num espaço de 30 mil metros, e para manter a biodiversidade foi construído um cercado por todo o condomínio para proteção das capivaras.

Segundo Antonio Carlos Poltronieri, diretor administrativo, todos os diretores contam com verba mensal de 15 mil reais para as melhorias no condomínio, que são vistoriadas periodicamente pelo Conselho Fiscal, através de balancetes e extratos bancários.

A Sociedade Civil dos Amigos de Caminhos San Conrado tem como atual presidente Sebastião Carlos Torres, que já comandou a Associação em outras gestões, e conta com a ajuda da vice-presidente Angela Caporalli. Surgiu para gerir os interesses dos moradores do condomínio e com o crescimento da comunidade as ações tiveram seu foco voltado para as questões da gestão local e nas políticas públicas, que impactam na qualidade de vida dos moradores. A principal demanda é a segurança do local, que hoje conta com portaria 24 horas, e algumas melhorias já foram concretizadas como a instalação de cancelas.

Segundo Sebá, o processo de eleição é bienal que elege a diretoria e também o conselho fiscal. “Meu mandato é até dezembro de 2015 e realizamos reuniões mensais com os moradores, para discussão das demandas que são prioridade e possíveis soluções, sempre pensando na qualidade de vida e tranquilidade dos que moram no loteamento”, relata.

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