A Tv digital pode significar apenas uma melhoria na qualidade da imagem, porém suas possibilidades vão além, com ela será possível criar uma televisão com mais opções de programação e com serviços que vão de educação a saúde. Dinamismo e interatividade são as principais características dessa tecnologia, o telespectador poderá escolher dentro de um programa ou da grade horário o que quer assistir, acessando individualmente (cada aparelho) conteúdos específicos da emissora.
Discutida desde o governo FHC e agora no governo Lula, a TV Digital, tem sido pauta de uma série de análises para que seja escolhido o padrão mais adequado a nossa realidade. A escolha que parece meramente técnica guarda outros sentidos, o uso do modelo norte-americano (ATSC), europeu (DVB) ou japonês (ISBD) implica em um peso X no bolso do brasileiro.
Adotar essa tecnologia vai promover a democratização da tv e também promover uma série de mudanças nos bastidores, será necessário rever conceitos de produção, geração e distribuição da informação, novos olhares sobre a pré e a pós-produção, pluralidade e muito conteúdo bom que é desperdiçado pela falta de tempo na televisão serão divulgados.
É importante que esse debate seja levado ao público, pois essas mudanças só acontecerão se houver criação e concorrência entre as emissoras, caso contrario continuaremos sujeitos a programação que vemos hoje. Os interesses são gigantescos, envolve poder econômico e político, por isso a sociedade deve cobrar do governo posturas firmes e éticas para que a TV Digital no Brasil traga pluralidade e cultura a população.




