Categoria reivindica aumento de salário e melhores condições de trabalho
Após o 20º dia de greve, o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), falou sobre a paralisação e diz que diálogo com servidores está comprometido, pois afirma que está mais que demonstrada a motivação política da paralisação. Segundo o chefe do Executivo, não haverá mais diálogo enquanto os agentes políticos estiverem em greve. Desde os primeiros dias da greve até hoje, o PSOL, PSTU, PSB, PSDB e até o PT, têm apoiado o movimento e feito discursos favoráveis aos servidores.
Na manhã de quinta feira, representantes do Sindicato dos Servidores e da prefeitura se reuniram para novas negociações, mas não chegaram a um acordo.
São mais de cinco mil trabalhadores que fazem paralisação em frente a prefeitura e pelas ruas da cidade.
“A postura do governo não podia ser mais hostil. Enquanto a mobilização ganha força, a greve cresce e os trabalhadores engrossam o movimento, o Dr. Hélio finge que nada está acontecendo! Ao mesmo tempo usa truculência e repressão à manifestação pacífica dos trabalhadores”, disse um representante do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas.
“Queremos melhorias nas condições de trabalho, principalmente para os aposentados e trabalhadores inativos. Se o Dr. Hélio tiver bom senso chegamos num acordo”, afirma Idílio Candido Neto do Centro de Saúde do Tancredão.
“Faltou água na escola durante um mês, é um descaso. O prefeito abandonou as escolas, a educação, estamos sem orientador. A quadra esta afundando, temos três salas de aula para dois mil alunos! Aderi ao movimento para melhorias nas condições de trabalho” desabafa Roseli Poletto, funcionária da Escola André Toleto do Jardim Aeroporto.
Para o assessor de imprensa do Sindicato dos Servidores, Nelson Camargo, essa greve tem um diferencial, apesar do movimento ter o caráter reinvinticativo, ela trás o sentimento e indignação por parte dos servidores, haja vista o aumento que o prefeito aprovou tanto para ele, quanto para o vice, secretários e comissionados (50%).
“Ele não pode falar em demissões e substituições dos servidores grevistas, pois, todo trabalhador tem o seu direito de greve assegurado pela Lei 7.783 de 28/06/1989, que no Art. 7° – Parágrafo Único diz: É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos”, diz o assessor que ressalta “ o Sindicato se arma de provas para entrar na justiça contra todos esses desmando, porque todos os passos da Lei estão sendo cumpridos pelos trabalhadores. O prefeito usa os veículos de comunicação para fazer terrorismo contra os servidores, quando fala em demissões e substituições, isso é Assédio Moral!”
Por Rafael Libertini