
Nesse final de semana ambientalistas estarão na Praça Beira Rio a partida das 9h para coletar assinaturas contra a construção de duas barragens em Área de Preservação Ambiental (APA) de Sousas e Joaquim Egídio.
O movimento aconteceu a partir de várias audiências na Câmara de Campinas. Durante o encontro foi apresentado um estudo inédito da ONG Jaguatibaia/UNICAMP sobre a vazão e contribuição das micro bacias da APA para os Rios Atibaia e Jaguari. Segundo os organizadores, os dois barramentos, no Rio Jaguari (DAEE), e no Ria Atibaia (SANASA) não foram devidamente discutidos com a sociedade.
A APA compreende 1/3 do território de Campinas, localizada em uma importante área de captação de água para recarga regional do Aquífero Cristalino, uma vez que contempla relevantes mananciais dos rios Atibaia e Jaguari, e possui uma rede de drenagem consideravelmente densa e bem ramificada.
Esse foi um dos motivos para que, em 2001, o então prefeito Toninho criasse essa nossa importante unidade de conservação. Além da produção de água, a APA possui um importante patrimônio social, natural e cultural que corre risco de desaparecer.
“Considerando que a vocação da APA é produção de água o debate de novos modelos para a segurança hídrica para Campinas se faz necessário, oferecendo alternativas para as duas represas propostas no território da APA”, disse a conselheira da Câmara Técnica do Plano de Manejo, Angela Podolsky.
Uma audiência com o prefeito Jonas Donizetti (PSB) deve acontecer nos próximos dias para discutir alternativas modernas e contemporâneas para a segurança hídrica da cidade de Campinas, com menor impacto negativo à sociedade e biodiversidade desse território.




