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quinta-feira, dezembro 25, 2025
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Resistência democrática faz ato contra os retrocessos

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Boulos afirma que o povo deve ir às ruas, lugar de lutar por direitos e pela democracia

O primeiro ato da resistência democrática contra os retrocessos que se anunciam com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República reuniu dezenas de milhares de pessoas em São Paulo. O ato convocado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular teve concentração no vão livre do MASP e contou com a participação de centenas de militantes do MTST, além de movimentos estudantis e sociais e autonomistas. O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, fez questão de deixar claro que a resistência às propostas extremistas do presidente eleito é democrática, diferentemente do que os aliados de Bolsonaro espalham.

“Nós lançamos este ato de resistência democrática e eles se apressaram a dizer na internet e na televisão que nós não reconhecemos o resultado das eleições. Que nós éramos maus perdedores. O que eu quero dizer é que nós reconhecemos, sim, o resultado das eleições. Nós não somos o Aécio Neves, que em 2014 não reconheceu a vitória da Dilma”.

Guilherme Boulos continuou explicando o posicionamento dos movimentos sociais em relação aos resultados eleitorais. “O Bolsorano se elegeu presidente do Brasil, não imperador do Brasil, não dono do Brasil. E um presidente tem de respeitar as liberdades democráticas. Ele tem de respeitar a liberdade de manifestação, a liberdade de expressão. Ele tem que respeitar as oposições e não dizer que elas vão ou para a cadeia, ou para o exílio. Eu já disse e repito: nós não vamos nem para a cadeia, nem para o exílio. Nós vamos às ruas que o nosso lugar de lutar por nossos direitos e pela democracia”.

“Nós não temos medo. Viemos às ruas em paz porque a violência, a guerra, o resolver tudo na bala não faz parte da nossa cultura. Faz parte da deles”, ressaltou. O coordenador do MTST reafirmou a luta contra a criminalização dos movimentos sociais. “Nós viemos às ruas também porque os movimentos sociais são legítimos, têm o direito de lutar e não aceitamos a criminalização. Eles acham que luta social se resolve por decreto, por lei, com violência. Mas sabe qual é a forma de se resolver a luta do MTST? Construa 6 milhões de casas, para todo o povo que não tem casa neste País. Sabe qual é a forma de resolver a luta do MST? Faça a reforma agrária.”

Ao fim da fala do coordenador do MTST ocorreu um dos momentos mais emocionantes da noite, quando os milhares de manifestantes se deram as mãos aos gritos de “ninguém vai se render”. Depois, os participantes seguiram caminhando pela Avenida Paulista e Rua da Consolação, com encerramento do ato na Praça Franklin Roosevelt. No caminho, muita música de resistência e manifestações de apoio de moradores e comerciantes da região.

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