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quinta-feira, julho 3, 2025

“A gente está esperando uma safra recorde”, afirma secretária-executiva do MDA

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A secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, concedeu entrevista, nesta terça-feira (4). Ela abordou, com detalhes, as medidas do governo Lula para reduzir os preços dos alimentos no país e disse que as perspectivas são positivas para 2025.

Machiaveli esclareceu que a estratégia “envolve uma série de mecanismos agrícolas”. “Primeiro, a questão que já foi feita, a gente vai colher agora nessa safra, foi a ampliação do crédito para a produção de alimentos. No último Plano Safra, nós já projetamos uma redução de taxa de juros […] para 3%, 2% se esse produto for orgânico”, ressaltou.

“Então a safra, quem está plantando agora, já está fazendo isso com o crédito que foi disponibilizado já a juros bastante inferiores da taxa de mercado”, prosseguiu Machiaveli.

A secretária-executiva do MDA mencionou também o programa Mais Alimentos, do governo federal, que garante suporte tecnológico aos agricultores por meio da aquisição de maquinário a juros baixos.

“Com isso, a gente já teve um aumento expressivo nas taxas de investimentos, na compra de maquinários, e isso se reflete na próxima safra, que a gente começa a coletar agora no mês de junho, julho e agosto”, pontuou.

Safra recorde

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) estima que a próxima safra será recorde, por conta do apoio do governo aos produtores rurais e das condições climáticas favoráveis. Na avaliação de Machiaveli, isso vai arrefecer os preços dos alimentos.

“É bem importante dizer que a gente está nesse período de entressafra […] a gente tem sempre uns meses em que os preços se elevam um pouco. E eles começam a cair já em abril e chegam no alto da safra, se tem uma safra boa, com preços bastantes reduzidos”, ponderou a secretária.

“O que a gente está esperando é uma safra recorde, com preços então ajustados e reduzidos no meio do ano.”

Formação de estoque

Desde o início do mandato, o presidente Lula tem defendido a retomada da política de estoques reguladores para garantir a segurança alimentar da população. “Nós recebemos a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] sem nenhum estoque”, lamentou Machiaveli, referindo-se ao governo anterior.

“Ela [Conab] tem justamente a atribuição de conseguir, ou fazendo subvenção ou colocando produtos no mercado, evitar a volatilidade de preços dos alimentos. Mas para isso, depende da gente ter estoque disponível”, explicou.

Segundo a secretária, o governo Lula começou a repor os estoques de milho, trigo e arroz em 2023.

Combate à fome

Machiaveli tratou ainda da política de combate à fome do governo Lula, que já retirou, em apenas dois anos, quase 25 milhões de brasileiros e brasileiras da miséria e da pobreza. A secretária do MDA argumentou que isso impacta enormemente a demanda e, consequentemente, os preços dos alimentos.

“A gente está com a massa salarial recorde, também extremamente ampliada no nosso país. A gente tem mais pessoas trabalhando. O índice de desemprego nunca foi tão baixo, estamos, assim, praticamente sem desemprego no país quando você olha as taxas reais”, enumerou.

“Mais gente consumindo alimentos? Então a gente precisa produzir mais alimentos, porque aí o balanço entre oferta e demanda entra em equilíbrio e os preços ficam justos e acessíveis para todos”, concluiu Machiaveli.

Plano Alimento no Prato

Outra iniciativa do governo Lula para baratear os alimentos é o Plano Alimento no Prato, aprovado em outubro do ano passado. Ele foi criado com a finalidade de promover um sistema estruturado e inclusivo de abastecimento alimentar, fundamentado nos princípios do direito humano à alimentação adequada e da soberania alimentar.

Questionada sobre uma possível reunião entre Lula e os representantes das redes de supermercados e atacadões, Machiaveli destacou que o Plano foi pensado para potencializar a comercialização de alimentos.

“Ele previu uma série de ações e uma delas, justamente, é conseguir fortalecer as Ceasas, as centrais, os entrepostos comerciais de alimentos e também reduzir os custos para quem comercializa os alimentos, entre eles, os supermercados.

Da Redação do PT

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