
A morte de animais voltou a assustar os moradores do condomínio Sorirama em Sousas. No último dia 28, o morador Salvador Raimundo encontrou o corpo de uma gata abandonado em um terreno do bairro. A suspeita é que ela tenha sido vítima de envenenamento, provocado por algum morador.
No último mês, gatos, macacos e pombos foram mortos. “Na minha casa eu costumava alimentar cerca de 8 macacos, comprava alimento para eles e tudo mais. Agora, apenas 2 estão vindo e é forte o cheiro de carniça vindo da mata”, revela a moradora Diva Prates Raimundo.
Segundo ela, nos últimos 5 anos o extermínio foi se intensificando com veneno sendo jogado dentro das matas, mas desde 2014 a situação se complicou, já que os bichos começaram a ser mortos dentro de casa.
Em maio, a cadela Juditi foi encontrada morta pela dona no quintal da residência. Apesar de o caso ter sido levado para investigação da polícia, até hoje o laudo não saiu. Já em 2014, oito gatos foram assassinados em um período de uma semana.
A moradora Meire Zanichelli entrou em contato com a polícia ambiental, mas foi informada que para fazer um inquérito seria necessário haver um suspeito ou pegar alguém em flagrante. O problema é que a falta de câmeras de segurança prejudicam na hora de encontrar o culpado. Outro receio dos moradores é que alguma criança seja envenenada também.
O síndico do condomínio, José Maciel Rodrigues Junior, escreveu uma carta aos moradores em maio, após o caso Juditi, informando ser totalmente contra a matança dos animais, mas pedindo a colaboração dos moradores no cuidado com seus bichos. “Chamamos a atenção dos proprietários que não deixem os animais soltos e, quando passearem, coloquem focinheiras em seus animais ou mantenham-nos sob controle com coleiras. Repudiamos fortemente este envenenamento dos animais mas lamentamos que não podemos fazer muita coisa a não ser alertá-los e abrir eventualmente, dependendo da gravidade, abrir um boletim de ocorrência”.
Para a moradora Meire, porém, a situação não tem sido considerada como relevante. “Levei a pauta para a reunião do condomínio, mas o assunto foi tratado com desprezo”, lamenta. “Não dá mais para essa situação continuar. É preciso que haja uma investigação profunda e que o suspeito seja encontrado”, pede a moradora Edna Gobi.




