Vice-presidente afirma que negociações já garantiram redução parcial das barreiras e defende atuação conjunta com empresários brasileiros e americanos
Por Sandra Venancio – Valter Campanato/Agência Brasil
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (30) que a união entre governo e setor produtivo é fundamental para reduzir os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A declaração foi feita durante reunião da diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Alckmin destacou avanços recentes nas negociações conduzidas pelo Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, que coordena as ações do governo federal. Segundo ele, parte das restrições já foi retirada, o que representa um alívio para segmentos estratégicos da pauta exportadora nacional.
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O encontro ocorreu logo após a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Para o vice-presidente, o diálogo direto entre os dois chefes de Estado abre caminho para uma solução mais ampla ao impasse tarifário.
Além das tratativas diplomáticas, Alckmin ressaltou o papel de entidades empresariais brasileiras e norte-americanas nas conversas. Ele citou a missão da CNI a Washington, realizada em setembro, como fator decisivo para pressionar por ajustes nas medidas protecionistas. Também reconheceu o apoio da Câmara Americana de Comércio (Amcham) e da US Chamber of Commerce no processo.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, reforçou a importância do alinhamento entre os setores público e privado diante de um cenário internacional marcado pelo aumento do protecionismo. Para ele, a convergência de esforços demonstra que os desafios impostos pelas barreiras comerciais podem se transformar em oportunidades de reposicionamento do Brasil no comércio global.
A estratégia do governo brasileiro prevê a continuidade das negociações e, em paralelo, a preparação de contramedidas para proteger a indústria nacional em caso de novos agravamentos do conflito.