“Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira” é o início de famosa canção do grupo de reggae Planta e Raiz. Para os moradores de Sousas e Joaquim Egídio, isso pode ser verdade devido a conhecida vocação ecoturística dos distritos, mas para quem não teve esse prazer, uma boa dica é conhecer o Parque Ecológico “Pedro Mineiro”, no município vizinho de Morungaba.
O Parque é composto por 11 alqueires de mananciais próprios, áreas de mata nativa, várias quedas d’água naturais, um lago tranqüilo onde funcionam pedalinhos, quiosques para churrasco e um relevo propício a caminhadas. Tudo isso a menos de vinte minutos de Joaquim Egídio, através da Estrada das Cabras, onde fica o Observatório Municipal de Campinas. Para quem não quer enfrentar a estrada de terra, pode-se utilizar a rodovia D. Pedro, tomando a saída para a SP 360, que chega ao Município.
Localizado no contraforte dos morros da Serra das Cabras, o Parque está situado a aproximadamente 800 metros do centro da cidade. De lá se tem uma vista panorâmica do centro urbano assentado no vale do Ribeirão dos Mansos, e uma visão do “mar de morros” azulados pelo horizonte. Após várias obras de infra-estrutura básica, o Parque Ecológico foi inaugurado oficialmente em dezembro de 1996.
Além dos atrativos naturais, uma entrada monumental, lanchonete, parque infantil, minicampo de futebol, ponte pênsil, bebedouros e banheiros são alguns dos serviços e atrações à disposição dos visitantes, que não pagam nada para entrar. Uma área de 5 mil metros quadrados está reservada, dentro do Parque, para a implantação de um hotel ou pousada. A Prefeitura Municipal oferece esse terreno a investidores interessados.
As atrações de Morungaba, porém, não param por aí. O Cruzeiro é um importante grupo de imagens de cimento colocadas no cume de um dos morros da Serra de Cabras, por onde se tem acesso ao Parque quem vem de Joaquim Egídio. No recorte do horizonte sobressaia-se uma cruz com o Cristo Crucificado, de cerca de 5 metros de altura, e as figuras da Mãe Dolorosa e São João Evangelista, assentadas sobre duas pedras ali e existentes. Com uma atmosfera mística, o local é freqüentado por peregrinações religiosas ou por quem deseja uma visão deslumbrante da cidade e dos morros.
Merece destaque também a igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição, por sua fachada colonial e o campanário em estilo italiano, construída no século XIX, assim como o Espaço Cultural – Sobrado Amalfi, construção de 1908 totalmente restaurada que abriga a Biblioteca Municipal e seus 11 mil livros, uma sala de vídeo e uma sala de exposições, situada numa esquina da praça central da cidade. Em junho, mês de comemoração do aniversário da cidade, ocorre o Desfile de Cavaleiros, reunindo milhares de homens e animais na cidade que vem firmando-se como um dos principais pólos nacionais de adestramento de cavalos.
Surgida nos primórdios do século XIX em virtude da expansão da cultura cafeeira, tornou-se cidade em meados do século XX, iniciando uma nova fase com a chegada das primeiras indústrias. Ainda hoje é uma cidade pequena, tipicamente interiorana, mas de clima agradável (22º em média) e movimentação pujante, principalmente nos finais de semana.
Segundo o Atlas de Exclusão Social, publicado em 2002, Morungaba é a 16ª colocada no ranking das cidades que apresentam melhor qualidade de vida entre todos os 5.507 municípios brasileiros. Está em curso na cidade um amplo projeto de consolidação como pólo turístico, capitaneado pela Prefeitura e por setores do comércio, razão pela qual vem aumentando o número de turistas que visitam Morungaba.




