Com a infra-estrutura de satélite a educação a distância chegará a dez mil estudantes em todo o Estado
São Paulo, 29 de agosto de 2007 – A Hughes finaliza a instalação de 203 estações satelitais no Estado do Amazonas que serão utilizadas pela Secretaria de Estado da Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas (SEDUC – AM) no projeto “Ensino Médio Presencial com Mediação Tecnológica”. O objetivo é atender a alunos residentes em comunidades rurais onde até então não havia oferta de ensino médio ou onde a demanda era superior ao número de vagas oferecidas. De acordo com o governador do Estado do Amazonas, Eduardo Braga, o projeto já atende a 10 mil alunos, em 200 comunidades rurais de 42 municípios.
Na última segunda-feira (20/8) foi inaugurado em Manaus, na Secretaria de Educação do Estado, o Centro de Mídias de Educação do Amazonas, de onde as aulas à distância serão ministradas. O Centro é equipado com estúdio de TV e uma equipe de professores (especialistas, mestres e doutores) ministram as aulas que são transmitidas via satélite e acompanhadas pelos dez mil estudantes.
Organizado com o sistema de IPTV (Internet por Televisão), o projeto vai permitir que os alunos formulem suas dúvidas e se reportem aos professores ministrantes (em Manaus), obtendo em tempo real a orientação pedagógica. Para isso, em suas comunidades rurais, os alunos assistem diariamente (no período noturno) às aulas ministradas a partir do Centro de Mídias, acompanhados por professores previamente capacitados para o projeto nas salas de aula.
Cada uma das salas está equipada com um kt tecnológico composto por Antena VSAT bidirecional (uplink-downlink), roteador-receptor de satélite, cabeamento estruturado (LAN), rack tipo armário, microcomputador pentium 4 – multimidia, web cam com microfone embutido, TV LCD 37 polegadas, impressora a laser e no break.
As aulas são ministradas por professores capacitados nesta nova tecnologia a partir do Centro de Mídia e a transmissão de aulas via satélite acontece ao vivo, simultaneamente, para mais de 10 mil alunos em 334 comunidades de 42 municípios em todo o Amazonas. São 260 professores presenciais contratados, 334 localidades e comunidades rurais atendidas com, aproximadamente, 10.400 alunos beneficiados.
Para Fabio Riccetto, diretor comercial da Hughes, o maior desafio da empresa neste projeto foi o acesso ao interior do Amazonas para a implantação das VSATs nas comunidades regionais. Segundo o executivo, o desafio foi superado pela importância do projeto em levar a educação a jovens, adultos e idosos nas mais de 200 comunidades do Amazonas beneficiadas com esta ação.
O crescimento do ensino a distancia
De acordo com o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância 2006 – produzido com o apoio da ABED – Associação Brasileira de Educação à distância, mais de um milhão de brasileiros estudaram por Educação a Distância (EAD) em 2005, tanto pelos cursos oficialmente credenciados quanto por grandes projetos nacionais públicos e privados. O número de instituições que ministram EAD de forma autorizada pelo sistema de ensino cresceu em 30,7%, passando de 166 em 2004 para 217 em 2005. Em relação aos alunos que se utilizam desta modalidade de ensino no Brasil, em 2004 mais de 300 mil alunos estudaram em instituições que oferecem cursos à distância. Em 2005, esse número teve um crescimento de 62,8%, totalizando 504.204 estudantes. Nesse mesmo ano, houve um pico na oferta de novos cursos à distância. Foram oferecidos 321 novos cursos no ano passado, contra 56 novos em 2004 e 29 novos em 2003.
Hughes
A Hughes empresa fornecedora de serviços corporativos para telecomunicações, é líder de mercado com 56% de participação mundial de acordo com pesquisas realizadas pela consultoria inglesa COMSYS. A empresa oferece cobertura em qualquer ponto do território nacional, sem restrições de distância ou relevo. O serviço também está disponível nos Estados Unidos, na Europa, Índia, China e em toda a América do Sul. Por meio do HughesNet, serviço de rede IP em banda larga via satélite, empresas que necessitam de comunicação com pontos mais distantes do Brasil e da América do Sul desprovidos de infra-estrutura de comunicação tradicional, podem realizá-la via satélite.