Skate

O skate é um esporte que consiste em deslizar sobre o solo e obstáculos equilibrando-se em uma prancha, chamada shape, dotada de quatro pequenas rodas e dois eixos chamados de “trucks”. Com o skate executam-se manobras, com baixos a altos graus de dificuldade.
O skate é considerado esporte radical, dado seu aspecto criativo, cuja proficiência é verificada pelo grau de dificuldade dos movimentos executados.
No início da década de 1960, os surfistas da Califórnia queriam fazer das pranchas um divertimento também nas ruas, em uma época de marés baixas e seca na região. Inicialmente, a nova “maneira de surfar” foi chamada de sidewalk surf. Em 1965, surgiram os primeiros campeonatos, mas o skate só ficou mais reconhecido uma década depois.
Em 1973, o norte-americano Frank Naswortly inventou as rodinhas de uretano, que revolucionaram o esporte. Um skate passou a pesar por volta de 2,5 kg.
Em 1979, Alan Gelfand inventou o Ollie-Air, manobra com a qual os skatistas ultrapassam obstáculos elevados.
Na década de 1980, na modalidade freestyle foi Rodney Mullen. Ele desenvolveu várias manobras como flip, heelflip, hardflip, kickflip, casper, darkslide, rockslide, 50-50, body varial, nollieflip underflip, primo, reemo, varialflip, inward heelflip, 360 flip, fs flip, bs flip, varial heelflip, fs heelflip, bs heelflip, etc. Grande parte das manobras existentes atualmente são derivadas destas manobras. Outro revolucionário, na modalidade Vertical, foi Tony Hawk. Hawk inovou a maneira como os skatistas devem abordar o Half-Pipe, sempre procurando ultrapassar o limites de criatividade e dificuldade de execução das manobras. Nos anos 90, o brasileiro Bob Burnquist elaborou a última grande revolução no skate: o Switchstance vertical. O skate passou a não ter mais “lado”, ou seja, não existe mais o lado da frente nem o lado de trás. Essa técnica quadruplicou o número de variações possíveis nas manobras.
A primeira pista de skate da América Latina foi construída na cidade de Nova Iguaçu no Rio de Janeiro.
Modalidades
Down Hill: descidas e ladeiras são os palcos para os skatistas que praticam o downhill. Existem ladeiras em que os atletas atingem mais de 110 km/h.
Downhill Slide: modalidade onde o atleta desce uma ladeira fazendo manobras em alta velocidade.
Freestyle: modalidade onde o skatista apresenta várias manobras em seqüência, geralmente no chão. Cada skatista efetua suas combinações de manobras em um tempo pré-estipulado. As mini-rampas são populares em todo o mundo, devido a pouca altura as manobras são executadas com uma maior facilidades. Há uma mistura de street com vertical. Na realidade as mini ramps são um mini half pipe, aonde as paredes não chegam ao vertical. Elas variam de 1 a 2 metros e 10 cm de altura. São excelentes para se aprender manobras, principalmente as que utilizam bordas, onde o eixo ou as rodas permanece em contato com o coping (detalhe de acabamento feito por um cano).
Street Style: no skate de rua, os praticantes utilizam a arquitetura da cidade, por exemplo, bancos, escadas e corrimãos como obstáculos para executar suas manobras e se expressar.
Half-Pipe: a modalidade vertical é praticada em uma pista com curvas, com 3,40m ou mais de altura, 3 metros de raio e 40 cm de verticalização, geralmente possuem extensões. A pista, que apresenta a forma de U, é chamada de half-pipe e pode ser feito de madeira ou concreto.
Pool Riding: é tido como uma das modalidades mais loucas de skate, pois é praticado em piscinas vazias de fundo de quintal, que com suas paredes arredondadas são verdadeiras pistas de skate.
Big Air: modalidade que foi adaptada e atualmente é a principal competição do X-Games. Colocando modalidades que também refletem parte do que os skatistas querem mostrar para o mundo, como o fim da disputas do “skate park” e mostrar disputas de “street skate”, em obstáculos que verdadeiramente reproduzem o que os skatistas de street fazem.

Em Campinas existem algumas pistas espalhadas pela cidade, mas a maioria são mini-ramps sem especificações técnicas. Na cidade há também picos ‘skataveis’ e já conhecidos nacionalmente onde freqüentemente são feitas filmagens e fotos para revistas e programas de skate. Dentre os mais conhecidos estão a Praça das Águas e a Praça Arautos da Paz.
No Bola de Neve Church tem uma mini-ramp de granilite de 7 mtrs de largura, modalidade vertical porém com transição suave e perfeita com aproximadamente 80 m².
Existem algumas mini-ramps espalhadas pela cidade, como na Praça dos Trabalhadores, Casa de Cultura Tainá e Condomínio Parque das Araucárias.
O Parque Ecológico projetou e executou a obra da pista, na época não tinha energia elétrica no local, o Parque estava abandonado e os fios eram roubados a todo o momento. Os skatistas fizeram um projeto que foi repassado para a diretoria para a reforma da pista, há um ano e até hoje não obtiveram nenhuma resposta. Na pista há vários obstáculos de street dentro de uma quadra poli esportiva.
Para a construção dos Banks do Taquaral a Prefeitura convidou skatistas da cidade para orientá-los na obra, sugerindo até mesmo o melhor local para a construção, hoje é considerado um dos melhores banks do estado. A pista é vertical com transições suaves e perfeitas, tem aproximadamente 300 m². “Quando se tem um projeto feito por quem entende não existe possibilidade de se jogar dinheiro fora. Às vezes as pessoas querem construir pistas e economizam no projeto e acabam comprometendo toda receita da obra. E o resultado acaba sendo ao invés de diversão, muita irritação, acidentes desnecessários, espaço ocioso. Enfim, dinheiro jogado fora!”, afirma Éder Botelho – _________.
Éder explicou a Secretaria de Esporte que as pistas de skate não são como quadras poli esportivas, que podem ser todas iguais. O skate necessita de pistas diferentes, porém com especificações técnicas que devem ser seguidas. “Tive a participação em todas as pistas ‘skataveis’, por diversão ou competindo. Na cidade temos vários picos, estamos na batalha de mais pistas, pois Campinas é muito grande e o que tem é insuficiente”, diz Éder.

Para quem quiser conhecer um pouco mais da história do skate:
Filme ‘The Lords of Dogtown’ e o Livro ‘A Onda Dura’ conta a história do skate no Brasil, percorre desde os primórdios do esporte, contém diversas imagens.