Um sapinho amazônico, azul e cheio de toxinas é a capa da edição 50 da revista Terra da Gente. Ele pertence à família dos dendrobatídeos, muito visada por colecionadores e alvo freqüente da biopirataria, devido ao potencial farmacológico de seu veneno. A reportagem de Luiz Figueiredo explica de onde os sapinhos tiram essas substâncias tóxicas e para que eles as utilizam, além de lembrar alguns costumes tradicionais e lendas associadas a esses animaizinhos.
Da fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana, o repórter André Dib traz belas fotos dos tepuis – as montanhas mais antigas do Planeta – e nos conta como é escalar o Monte Roraima, com seus jardins exclusivos e misteriosos corpos d’água envolvidos em nuvens. E das universidades o jornalista Valdemar Sibinelli faz virem as notícias de novos sistemas de iluminação orgânicos, feitos à base de óleo de buriti, um coquinho abundante nas veredas do Centro-Oeste e da Amazônia. O mesmo buriti ainda serve como filtro solar e é um dos campeões em concentração de betacaroteno, o precursor da vitamina A, com o qual se pode combater rapidamente as deficiências alimentares causadoras de cegueira.
Nesta edição de Terra da Gente, Liana John ainda conta quem é o tamanduaí, o caçulinha dos comedores de formigas, menor que um filhote de tamanduá-bandeira e menor do que um tamanduá-mirim. De tão discreto e pequeno ele é praticamente um desconhecido até entre biólogos. E Graciela Andrade fala das tendências do mercado de cosméticos, mostrando o crescimento acelerado dos produtos orgânicos e naturais certificados.