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domingo, outubro 19, 2025
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O Brasil é favorito mesmo?

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Estou fazendo esta coluna antes da convocação do Parreira, para a copa do mundo da Alemanha. Não haverá grandes surpresas, afinal agora não seria hora de experiências. Hoje o Brasil tem, no mínimo, dois bons jogadores para cada posição. A lamentar nisso apenas o fato de que os bons jogadores não atuam no futebol brasileiro. Os torcedores e jornalistas mais experientes sentem muito este fato, mas a grande maioria do povo já se acostumou a essa realidade. Hoje o número de jogadores brasileiros no exterior é muito e nós só conhecemos uma pequena parte, ou por outra, só conhecemos os famosos, os que são lembrados para o nosso selecionado. O torcedor brasileiro tem por hábito super valorizar nossos atletas. É bem verdade que a história tem mostrado que somos os melhores, mas não é menos verdade que exageramos um pouco quando o assunto é seleção brasileira. Desde de 1970, quando comecei a viver a emoção dos mundiais não me recordo de ver o Brasil campeão quando saiu daqui como favorito. Em 74 fomos à Alemanha como verdadeiros campeões e voltamos com uma grande frustração. Em 82 nos tornamos favoritíssimos após o início da competição. Em 98, não fosse o problema com Ronaldo, teríamos entrado para o jogo contra a França, como campeões. E não é assim. Copa do mundo é uma competição muito rápida. Um jogo define tudo. Todo um trabalho pode ser reduzido a nada por um lance. Um momento infeliz, por exemplo, de um goleiro pode derrubar e acabar com o sonho de uma nação. Aqui o goleiro foi citado, mas qualquer um é passível de um erro. Afinal somos humanos. Um atacante que perde o gol da vitória, o zagueiro que comete um pênalti infantil, qualquer um pode ter seu dia de vilão. E neste dia serão esquecidos todos os outros dias de herói. É assim, é o futebol. Não se trata de preconizar o pior, longe de mim, apenas enfatizo que é preciso trabalhar bem essa história de favoritismo. Somos favoritos mesmo? Se tomarmos por base o retrospecto sim, mas não sabemos como estarão nossos atletas no final da temporada européia. Estarão cansados como insinuam alguns? Estariam os atletas com algumas pequenas lesões tão comuns pelo excesso de jogos? Só conseguiremos saber com o início dos treinamentos. Voltando um pouco no tempo vamos ver que o Brasil já venceu duas vezes consecutivamente uma copa do mundo. Em 1958 fomos campeões e repetimos o feito em 1962. Este mérito também é da Itália que venceu em 34 e voltou a vencer em 38. Exceção feita a esses dois momentos nenhuma outra seleção venceu consecutivamente duas copas. Talvez consigamos quebrar este tabu. Há 44 anos uma seleção não ganha duas copas em seqüência. Ainda assim, com temeridades, tabus, expectativas, apreensão e o que mais possa existir que venha de encontro aos nossos anseios, sou mais Brasil. Favoritismo em dose certa é um grande benefício, gera confiança. Não podemos deixá-lo se tornar um exagero. Seria muito ruim. Dia 03 agora de junho viajo para Munique onde ficará o centro de imprensa da copa e de lá farei minhas colunas e todo o trabalho de cobertura, inclusive as narrações dos jogos, pela rádio Central de Campinas, em rede com a Pampa-sat de Porto Alegre. Um abraço e boa sorte!
Alberto Cezar

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