Nasceu na cidade de São Paulo em sete de setembro de 1882. Depois de formado como farmacêutico, exerceu suas atividades profissionais em várias localidades do Estado de São Paulo. Casou com Francelina em Serra Negra, filha do fazendeiro José Américo de Godoy.
Permaneceu em Cabras por 10 anos, nessa época em 1911, era o núcleo para onde convergiam várias fazendas por ser a única estação do ramal férreo Campineiro. Ali foi proprietário da Farmácia São Bento e como farmacêutico se dedicou principalmente ao meio rural. Acompanhado de médicos estagiários, nas exaltas viagens à cavalo, atendia os doentes. Na falta de médicos, Armando cuidava sozinho dos enfermos, fazendo inclusive pequenas cirurgias.
Nessas visitas constantes às fazendas, ele pode constatar o quanto era deficiente, quase nulo, o ensino primário na região. Como Secretário da Cooperativa Agrícola, abriu inúmeras escolas rurais, contribuindo com seu esforço e dedicação, na alfabetização dos filhos dos colonos, da chamada região de Cabras e Joaquim Egídio.
Em 1921, em Joaquim Egídio, foi proprietário da Farmácia São Joaquim. Em Sousas abriu a Farmácia São Sebastião, localizada na praça com mesmo nome.
Como jornalista foi correspondente e colaborador do Diário do Povo de Campinas. Como político sempre foi homem de oposição aos poderosos, motivo pelos quais, teve muitos dissabores, mas nem o aceno das melhores e mais remuneradas posições o fizeram mudar de atitude. Em Sousas, pertenceu ao diretório do Partido Democrático. Foi árduo patriota e entusiasta pela Revolução Constitucionalista de 1932. Seus filhos Aristides, Armandinho e Acésio, participaram deste movimento, seguindo para as trincheiras do túnel Vila Queimada e Cruzeiro. Nessa época, estabeleceu-se definitivamente em Campinas, para educar os filhos.
Foi também um grande filantropo. Nas suas farmácias os pobres nunca deixaram de levar remédios, acompanhada de uma palavra amiga, tendo eles dinheiro ou não.
Faleceu no dia 6 de maio de 1968, aos 86 anos de idade. Não deixou bens materiais, como a maioria dos homens, mas trabalhou até a sua última hora de sua existência. Conquistou com seu espírito jovial e comunicativo, grandes amizades. Foi um exemplo de homem trabalhador e profissional competente. Seus amigos o homenagearam com nome de rua, no Jardim Sorirama.
Armando de Miranda Gomes
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