O índice de acidentes nas estradas paulistas caiu 36% neste feriado de
Tiradentes em comparação ao feriado do ano anterior. O índice de acidentes
(IA) do feriado foi de 0,7, contra 1,1 em 2008. O índice de vítimas
fatais, nos 22 mil km de estradas estaduais, registrou uma diminuição de
3,1 para 1,8 de uma operação para outra, uma queda de 42%. O índice de
vítimas feridas diminuiu de 71,5 para 38,7, uma queda de 46%. Neste
feriado, em números absolutos, foram 1030 acidentes, 25 mortos e 547
feridos.
Para esclarecer melhor, o índice de acidentes (IA) não é o número absoluto
de acidentes nas estradas. Ele é calculado levando-se em consideração,
além dos dados quantitativos, a extensão das rodovias, o volume diário
médio de veículos (VDM) nas estradas e o período analisado. Essa
metodologia, que começou a ser discutida no Brasil na década de 1970, é
necessária para que haja uma comparação tecnicamente correta, já que há
vários fatores que determinam se o feriado foi mais ou menos violento. No
caso do feriado de Tiradentes, o índice é útil para que se possa fazer uma
comparação entre 2008, quando o feriado foi de três dias, e 2009, quando o
feriado foi de quatro dias.
Reforço nos recursos operacionais e fiscalização mais rigorosa
Várias medidas para manter as estradas seguras foram realizadas pelo DER,
Polícia Rodoviária Estadual, Dersa, ARTESP e concessionárias na chamada
Operação Tiradentes. O esforço mútuo do Departamento de Estradas de
Rodagem – DER, Dersa Desenvolvimento Rodoviário, de treze concessionárias
de estradas, que envolveu 2.200 profissionais, além de 4 mil homens do
policiamento rodoviário, órgão especializado da Polícia Militar do Estado,
foi primordial para o sucesso da Operação. Esses tiveram ainda o apoio de
outros órgãos da Secretaria estadual da Segurança Pública, incluindo as
unidades responsáveis pelo policiamento urbano às margens das rodovias, as
unidades do policiamento de choque e o Grupamento de Radiopatrulha Aérea
da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Em relação à fiscalização por parte dos policiais militares rodoviários
nas estradas paulistas, houve intensificação no controle rígido de
alcoolemia, de velocidade e na fiscalização de motocicletas, além de
outros enfoques abrangidos durante a abordagem de veículos e motoristas.
Foram lavradas 14.819 autuações por infrações de trânsito diversas em todo
o Estado, sendo apreendidos 606 veículos, 278 carteiras de habilitação e
2.248 documentos de veículos por irregularidades. Quanto às questões de
controle de alcoolemia, foram registrados 72 casos de embriaguez. Já no
aspecto da prevenção e repressão criminal, foram efetuadas 27 prisões em
flagrante delito, capturadas 9 pessoas procuradas pela justiça,
recuperados 18 veículos das mãos de criminosos, além da apreensão de 0,186
kg de cocaína, 95,420 kg de maconha, 0,058 kg de crack e 7,200 kg de
outras drogas como LSD e êxtase. Foram também apreendidas 2 armas ilegais
nas rodovias estaduais paulistas.
Histórico do índice
Os primeiros estudos para uma metodologia que pudesse efetivamente
comparar os resultados de acidentes, baseando-se em quilômetros rodados,
veículos em trânsito e acidentes, começaram em 1940 nos Estados Unidos e
Europa. Em 1956, os estados americanos de Dakota do Sul, Virgínia e Texas
começaram a usar esse tipo de índice. Internacionalmente, o índice é
conhecido como “Accident rate method”. Além dos Estados Unidos, outros
países como Áustria, Dinamarca, França e Alemanha adotam índices
semelhantes. No Brasil, a metodologia começou a ser discutida em 1974.
Desde 2005, o Departamento de Estrada e Rodagem vem aprimorando o índice,
inclusive com a ampliação e melhoramento dos equipamentos de contagem de
veículos, possibilitando a divulgação precisa nos últimos anos.




