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domingo, dezembro 22, 2024

PROTESTO BEM HUMORADO

Data:

Os artistas, Ivone Caçador (ceramista) e Márcio Spézi (ator e produtor cultural), do Núcleo Cultural AlquimiA, situado no centro de Campinas, encontraram uma maneira original e bem humorada para protestar contra o comportamento de alguns donos de cachorros que deixam as fezes de seus animais pelas calçadas e ruas da cidade.
O protesto consiste numa instalação feita na calçada da rua Lusitana (em frente ao AlquimiA) com a colocação de mais de 250 “cocôs”, moldados em argila, matéria básica das oficinas de cerâmica , juntamente com duas placas informativas, com os seguintes dizeres: ”Amigos caninos, peçam para seu dono recolher o seu cocô. A saúde pública e os deficientes visuais agradecem – olhe como ficariam nossas ruas se “alguém” não as limpasse…“
Os artistas sempre encontram maneiras próprias para provocar o pensamento e questionamento da sociedade. Segundo Márcio, essa foi a forma encontrada para que a população (não só os donos dos animais), refletissem sobre o comprometimento e responsabilidade que se deve ter ao adotar um animal, o respeito com os outros cidadãos e as condições de higiene que afetam diretamente a saúde pública.
A Profa. Ivone se recorda de um comentário, feito por uma deficiente visual, que dizia ser este o principal obstáculo para eles, quando se arriscam a andar sozinhos pela cidade.
O mau cheiro e a falta de higiene não são as únicas conseqüências do descaso de alguns proprietários de animais. “A preguiça do dono pode causar problemas de saúde para as pessoas, pois as fezes atraem moscas, veiculadoras de várias doenças, e facilitam a propagação de bactérias. Os animais, que transitam pelo local, também podem ser prejudicados, contraindo viroses ou verminoses”, explica a veterinária Silvia Parisi.
(KARINA KLINGER, Folha de S.Paulo, 12/07/2001 )
Ao deixar de recolher as fezes do seu animal, o dono do bicho está contribuindo para a disseminação de bactérias, carregadas pelo vento e nas solas dos nossos calçados até dentro de nossas casas, interferindo no equilíbrio existente na natureza, nos deixando vulneráveis. Casos de falta de higiene resultaram, no passado, num surto de febre amarela em Campinas e, mais recentemente, em combinações/mutações de novos vírus e bactérias pelo mundo.
“Esperamos que as pessoas se conscientizem e façam a sua parte” – conclui Márcio

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