Cerca de 600 pessoas se reuniram na noite desta quinta-feira (24/07) em um ato pacífico pelo direito de defesa de Israel e em represália ao comunicado do Itamaraty, que voltou a criticar a ofensiva de Tel Aviv na Faixa de Gaza. O evento ocorreu em Higienópolis, na praça Cinquentenário de Israel, em São Paulo.
Organizada pela Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo) e pela Juventude Judaica Organizada, a manifestação começou às 19h30 e durou até quase 21h. “O objetivo é dar suporte ao Estado de Israel, que hoje está sofrendo um grande ataque. Esse ato tem um caráter pacífico e ninguém está comemorando nada”, sintetizou Mário Fleck, presidente da Fisesp.
A reunião da comunidade judaica aconteceu um dia depois de o Ministério das Relações Exteriores brasileiro condenar “energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza”, alertar para o “elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças”, reiterar o pedido de um “imediato” cessar-fogo e chamar para consultas o embaixador do país em Tel Aviv, Henrique Sardinha Filho.
“Em uma guerra como essa há dois lados. Infelizmente, tem uma situação do outro lado que é o uso das pessoas como escudos humanos, o que é muito mais grave do que a condenação que o Itamaraty fez com Israel. No mínimo, o Itamaraty deveria se posicionar como neutro”, acredita Fleck.
Para Samuel Feldberg, professor do núcleo Diversitas de pós-graduação de Ciências Políticas da USP (Universidade de São Paulo), existem justificativas para as ações que o país está tomando, apesar do custo humanitário. “É preciso reconhecer que Israel combate uma organização terrorista que quer a destruição do Estado de Israel declaradamente e não atua em favor da população palestina”, argumenta.