A primeira microfloresta urbana de Campinas começou a se formar na manhã desta sexta-feira, 4 de abril, no Balão do Laranja, Praça Brigham Young, na avenida Presidente Juscelino, Jardim Novo Campos Elíseos. Na área de 3.240 metros quadrados, mudas de várias espécies de árvores estão ocupando os espaços – buracos na terra, chamados de berço –, onde vão se desenvolver e compor a pequena floresta. O plano, apresentando no dia 26 de março pela Prefeitura de Campinas, é que a cidade tenha 200 microflorestas, principalmente em áreas com ilhas de calor.
No Jardim Novo Campos Elíseos a previsão é plantar 3.240 mudas de árvores, por meio das equipes da Secretaria de Serviços Públicos, das espécies alecrim-de-campinas, peroba-rosa, jequitibá, pau-brasil, jatobá, guarantã, pau-óleo, ipês rosa, roxo, branco e amarelo, paineiras, quaresmeira, aldrago, cássia, embaúba, angico, pitanga, araçá, oiti, ingá, goiabeira, cereja-do-rio-grande e grumixama, entre outras. Essas mudas foram cultivadas no Viveiro Municipal Otávio Tisseli Filho, onde há mais de 200 mil unidades de árvores.



Floresta modelo
Antes de iniciar oficialmente a primeira microfloresta, a Secretaria de Serviços Públicos implantou um modelo no balão da Praça Fernando Fernandes Olmos, ao lado o portão 6 da Lagoa do Taquaral. Quem circula na região do Taquaral pode ver que a área, de 4.820 metros quadrados, recebeu 2.100 mudas de árvores. Este protótipo foi concluído na quarta-feira, dia 2.
Sombra, frescor e o canto dos pássaros
Essas pequenas florestas, a serem formadas em vários pontos da cidade, vão proporcionar mais sombra, melhorar a qualidade do ar, diminuir a temperatura em ilhas de calor, servir de abrigo à pequena fauna urbana e trazer muito mais benefícios para as pessoas e o meio ambiente.
A implantação de microflorestas em Campinas será priorizada nas regiões com risco de onda de calor como os distritos do Campo Grande, Ouro Verde, Nova Aparecida, Barão Geraldo, Sousas e Joaquim Egídio e regiões dos bairros como Vila Costa e Silva, Vila Miguel Vicente Cury e Jardim Santa Mônica. O estudo que mapeou essas áreas foi feito pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Adoção
Em breve, pessoas jurídicas, como instituições e outros, poderão adotar uma microfloresta, seja implantando uma ou cuidando de uma existente. No momento, o projeto de lei que cria o programa de adoção de microflorestas urbanas está em análise na Câmara dos Vereadores.