A Câmara de Campinas voltou às atividades no dia 2. Em ano pré-eleições municipais, os parlamentares têm em vista a votação de reajuste nos próprios salários, que por lei precisa ser feita antes de 2016 por causa do pleito. O tema ganhou tom mais polêmico na cidade após a proposta de aumento de 126%, colocada em pauta na legislatura anterior, ser rejeitada somente após pressão popular.
Segundo o novo presidente da Casa, Rafa Zimbaldi (PP), entre os projetos mais importantes previstos para este ano estão a Lei de Uso e Ocupação do Solo e o novo Plano Diretor. O parlamentar afirmou ainda que a votação das contas dos ex-prefeitos Hélio de Oliveira Santos e Izalene Tiene, todas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) de acordo com ele, também estão entre as prioridades. São cinco pareceres do órgão estadual, informou.
De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, a lei eleitoral exige que a votação de reajuste no salário dos parlamentares seja feita ainda este ano. Portanto, informou o Legislativo, mesmo que a decisão seja por manter os vencimentos no atual patamar, de aproximadamente R$ 8,5 mil, um projeto tem de ir para a pauta para valer na próxima legislatura, ou seja, a partir de 2017.
Incumbido de comandar discussão salarial, Zimbaldi é cauteloso ao falar sobre o tema. “Queremos fazer essa discussão junto com a população, através de audiências públicas”, afirmou. A assessoria da Casa informou que, oficialmente, não há necessidade de debater o assunto antes de ser colocado na pauta de votação, como prevê o presidente.
Apesar disso, o parlamentar adiantou o caminho que a discussão pode seguir. “O que nós precisamos é fazer comparativos com outras cidades sobre os salários e discutir junto com a população”. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), citou, há vários municípios onde os vereadores têm remunerações maiores.




