Realizamos uma pesquisa pelo distrito, e pudemos perceber que a maioria das pessoas ainda não decidiram sobre os candidatos que irão escolher em outubro
Moradora da Vila Iório relatou a redação do Jornal Local, que as campanhas políticas no distrito estão estagnadas e ela não tem nenhum candidato em vista para votar no dia 05 de outubro. Já a comerciante do Centro, relata que está cansada de enganação e nesse ano de 2014 não está assistindo as campanhas na televisão e não vai votar em ninguém, está em dúvida apenas se anula ou se vota em branco.
Liberados desde início de julho para que os candidatos coloquem suas propagandas nas ruas, Campinas pode ver poucos cavaletes pela cidade, e algumas delas estão em pontos estratégicos, e outras em canteiros que atrapalham na movimentação dos veículos e pessoas.
Até dia 30 de julho seis denúncias online foram feitas no TER – SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) de candidatos da cidade que colocaram propaganda em locais irregulares.
Obrigatoriedade dos votos
A pesquisa Datafolha realizada em junho revelou que 61% dos eleitores entre 18 e 70 anos são contra a obrigatoriedade do voto. Aproximadamente 57% dos entrevistados, se tivessem opção não votariam no pleito que acontecerá em outubro.
Já no grupo de 16 a 24 anos, a rejeição é de 58%, índice alto em relação aos padrões anteriores e no eleitorado mais maduro de 45 a 59 anos a opinião desfavorável chega a 68%.
Aumenta eleitorado acima de 60 anos
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou recentemente que o total de eleitores entre 16 e 17 anos sofreu uma redução de mais de 30% em relação a 2010. Assim como caiu o eleitorado jovem, aumentou o eleitorado acima de 60 anos – de 20 milhões para 24,2 milhões – alta de 20%.
Para o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, a redução do eleitorado jovem tem razões de ordem “técnica”, uma vez que houve envelhecimento da população brasileira.
Em todo o país, 142,8 milhões de pessoas estão aptas para votar nas eleições deste ano, que serão realizadas em menos de dois meses. O número é 5,1% maior do que o eleitorado da última eleição presidencial.
Comerciante acima de 60 anos que trabalha no Centro de Sousas, relata que vai votar sim nas eleições, porque do contrário ela não tem como cobrar mudanças se não fizer sua parte. “Acredito que não deveríamos ser obrigados a votar, se é um direito devemos fazer de livre e espontânea vontade”, relata a comerciante.
Já o jovem de 17 anos que mora na Vila Santana, diz que mesmo não ser obrigado a votar, ele ainda está na dúvida se participa ou não das eleições 2014. Ele relata que vê o Brasil, como um país perdido. “Muitos que chegam ao poder roubam descaradamente e nada acontece com essas pessoas, já a população, passa fome, não tem água, não tem nem ao menos onde morar. Estou descrente que o país possa mudar”, comenta.
Valor das campanhas
No que depender dos partidos políticos, as campanhas eleitorais deste ano são mais caras em comparação com as eleições de 2010. Segundo dados divulgados pelo TSE a soma do limite de gastos das campanhas de todos os candidatos já registrados na Justiça Eleitoral é de R$ 73,9 bilhões. Há quatro anos, a soma dos tetos de despesa foi de R$ 48,4 bilhões.
Considerando as disputas para todos os cargos (presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual), o limite médio de gastos com campanha é de R$ 2,9 milhões por candidato. Em 2010, a média por candidato foi de R$ 2,1 milhões. Descontada a inflação do período (27,4%, segundo o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo), as campanhas ficaram, em média, 6,8% mais caras.