
Técnicos das áreas da Defesa Civil e representantes de governos de vários estados, entre eles, de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e do Distrito Federal estiveram em Campinas, nesta quinta-feira, 23 de abril, no Hotel Nacional Inn, para discutirem estratégias para a campanha “Construindo Cidades Resilientes para a redução do risco de desastres”, que possam vir a ser implementadas no Brasil nos próximos 15 anos.
Foi o primeiro encontro realizado no País, após a conferência internacional de redução de riscos de desastres que aconteceu em março em Sendai, no Japão. Campinas foi escolhida para sediar o evento porque é cidade-modelo em Resiliência e é promotora da campanha “Construindo Cidades Resilientes”. Isso significa que o município está preparado para o atendimento em situações de um desastre natural, minimizando os riscos e perdas para a população. É a primeira cidade brasileira a obter este título.
O prefeito Jonas Donizette participou da reunião que teve também a participação do representante do Escritório de Estratégia para Redução de Desastres Naturais da Organização das Nações Unidas (ONU), David Stevens e do diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado.
“Na Frente Nacional de Prefeitos, (no qual Jonas é vice Presidente de Regiões Metropolitanas), temos discutido o fortalecimento dos municípios para podermos dar respostas adequadas às situações que atingem as cidades. É importante debatermos e buscarmos soluções conjuntas de setores diversos, de governo, do setor privado, do setor acadêmico, no desenvolvimento de políticas de resiliência e redução do risco de desastres”, disse.
Jonas Donizette ressaltou a importância em engajar os governos a compartilhar conhecimento de boas práticas para a redução do risco de desastres. Sidnei Furtado ratificou ao prefeito que a partir do trabalho desenvolvido pela Defesa Civil de Campinas, 68 cidades da Região Metropolitana já aderiram ao programa de Cidades Resilientes.
O prefeito lembrou que, além de uma Defesa Civil equipada e com equipe preparada, também é de suma importância o envolvimento da população na campanha “Construindo Cidades Resilientes”. “Campinas tem se preparado para dar respostas a desastres que afetam a vida da pessoa. A cidade é modelo no Brasil porque o programa pensa de forma preventiva”, acrescentou.
A campanha que teve inicio no Brasil com 6 cidades participantes em 2011 cresceu nos últimos quatro anos, chegando a 335 cidades engajadas. O representante do Escritório de Estratégia para Redução de Desastres Naturais da Organização das Nações Unidas (ONU), David Stevens, lembrou que o prefeito Jonas Donizette foi contemplado em 2014 com o prêmio de “Campeão” da ONU como um dos líderes públicos mundiais em redução de risco de desastres. “Escolhemos Campinas para este encontro porque é cidade-modelo de Resiliência, o prefeito é campeão e a campanha foi fortalecida pelo município. Hoje, aqui, está reunida a nata de quem tem liderado a campanha por todo o Brasil”, disse.
O diretor da Defesa Civil, Sidnei Furtado, explicou que um dos itens da pauta da reunião foi de revisar a proposta dos novos 10 passos essenciais, dentro do marco de Sendai (Japão) para a redução do risco de desastres para até 2030. “O grande desafio será como adaptar o que foi discutido no Japão com a realidade brasileira. Qual padrão mínimo para ser discutido em nível de Brasil”, disse.
No Japão foi realizada a 3ª Conferência Mundial das Nações Unidas para a redução do risco de desastres e resultou em um acordo multilateral entre os mais de 187 estados presentes que estabeleceu prioridades de ação para os próximos 15 anos. O Brasil participou da conferência com mais de 50 pessoas do governo e da sociedade civil. Sidnei Furtado representou Campinas. “A cidade é modelo de resiliência porque desenvolve ações de parcerias. Ela é encarada como a que abre o espaço para as outros municípios. Todas as discussões e ações são de caráter metropolitano. As 20 cidades da RMC aderiram a campanha e compartilham de todo o processo”.