
Campinas registrou, de janeiro a outubro de 2017, o maior número de vítimas de homicídio doloso dos últimos 7 anos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Foram 131 pessoas assassinadas no período, o maior índice registrado desde 2011 pela Polícia Civil. Os números refletem as três chacinas ocorridas em janeiro e outubro que, juntas, somaram 21 mortes.
O levantamento se refere aos dez primeiros meses do ano de 2011 a 2017. Os dados referentes aos crimes registrados em novembro serão divulgados em dezembro pela Secretaria.
O número de vítimas de homicídio também subiu 42,3% nos dez meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2016, quando a cidade registrou 92 vítimas. Os registros de assassinato também tiveram alta de 25% e passaram de 113 para 90, já que em algumas situações o homicídio é registrado uma vez, mas tem mais de uma vítima, como é o caso das chacinas.
Dos últimos sete anos, 2016 foi o que teve menor índice de vítimas de homicídio, com 92, seguido de 2015 (108) e 2011 (114). Em 2010, a Polícia Civil do município registrou 138 pessoas assassinadas. Confira no gráfico abaixo todos os números de vítimas de mortes violentas em Campinas desde 2011, sempre considerando o período de janeiro a outubro de cada ano.
Número de vítimas de homicídio doloso em Campinas
| Ano | Assassinatos |
| 2011 | 114 |
| 2012 | 122 |
| 2013 | 116 |
| 2014 | 126 |
| 2015 | 108 |
| 2016 | 92 |
| 2017 | 131 |
Em nota, a SSP diz que está atenta aos índices criminais e combate os crimes contra a vida. “Na cidade de Campinas, por exemplo, o índice é de 7,22 casos de homicídios por 100 mil habitantes, abaixo da média estadual.”
A SSP destaca ainda que o trabalho de investigação “levou ao esclarecimento de 75 casos de homicídio na cidade”, no primeiro semestre deste ano. “O combate à criminalidade pelas polícias na região resultou na prisão ou apreensão de 3.020 pessoas e na apreensão de 391 armas de janeiro a outubro deste ano.”
Sobre os casos das chacinas, o órgão de segurança informa que as investigações seguem em andamento e que “mais informações não podem ser passadas para não atrapalhar o andamento das investigações.”
Chacinas
A chacina durante uma festa de réveillon terminou com 12 pessoas assassinadas após Sidnei Ramis de Araujo, de 46 anos, invadir uma casa em Campinas, efetuar os disparos e se matar. O atirador matou o filho, a ex-mulher e outros familiares que comemoram juntos a virada do ano.
Onze pessoas morreram no local e quatro foram atingidas pelos disparos e socorridas. Uma delas morreu no hospital.
A segunda chacina aconteceu no dia 29 de outubro. Quatro jovens com idades entre 16 e 22 anos foram mortos por disparos de armas de fogo no Jardim Satélite Íris, em Campinas. Eles estavam em um baile funk e foram executados a 600m do local da festa. Ninguém foi preso e as armas dos crimes não foram encontradas.
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A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de acerto de contas para a motivação das mortes. O caso está sendo investigado pelo 11º Distrito Policial.




