Espaço público recebe oficinas, batalhas de rima, saraus e eventos para a cena hip-hop da cidade
Por Sandra Venancio – Foto Firmino Pinton/PMC
Moradores de Campinas que atuam na cena hip-hop contam com a Casa do Hip-Hop, espaço público mantido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, que completou um ano de funcionamento em 2025. Aberto à comunidade, o local promove oficinas, saraus, batalhas de rima, apresentações e eventos que incentivam a cultura, a educação e a cidadania na cidade.
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A Casa do Hip-Hop respira e difunde a cultura em todas as suas expressões: MC, DJ, breaking e graffiti. Além de palco para a arte, o espaço atua como articulador de políticas públicas, incentivando ações voltadas à educação e ao fortalecimento da cena hip-hop. Aberta e gratuita, tornou-se ponto de encontro para rodas de conversa, oficinas, batalhas de rima, poesia, dança e graffiti, promovendo convivência e troca de experiências.
Administrada pela Coordenadoria de Cidadania Cultural da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, a Casa funciona em diálogo constante com coletivos, artistas, educadores e agentes culturais. As ações e eventos são organizados de forma participativa por meio de assembleias abertas que acontecem sempre na primeira quarta-feira de cada mês, às 19h.
O espaço consolidou-se como ambiente democrático para todas as vertentes do hip-hop, onde nascem articulações e projetos que dialogam com a população. Entre os participantes, destaca-se o multiartista e educador Miguel Passará, integrante do movimento Slam Voz e Arte, que realiza competições de poesia no local. Além do slam, Miguel participa de saraus, atividades educacionais e da assembleia mensal, contribuindo ativamente para movimentar a cena hip-hop de Campinas.
“Todo mês, a gente se encontra para falar das coisas que estão acontecendo, do que precisa acontecer, do que não acontece. Isso está sendo incrível de visualizar, porque o hip-hop é um movimento político, de educação e social, e é isso que muda a sociedade”, comenta Miguel.
No evento de comemoração do primeiro ano da Casa, mais de 20 participantes participaram da oficina “Intencionalidade e Cultura Popular”, ministrada pela assistente social e pedagoga Aline Figueiredo, que discutiu a articulação da cultura hip-hop com os eixos do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos.
Segundo a coordenadora de Cidadania Cultural, Adriane Marques Fernandes, a Casa do Hip-Hop veio para fortalecer o movimento na cidade: “O Hip Hop é um grande símbolo da cultura em Campinas, e a Casa veio para somar e fortalecer esse movimento. Hoje ela pulsa vida, criatividade e conhecimento com os coletivos que já ocupam o espaço — mas continua aberta para novos projetos e ideias”.