Possibilidade de homem estar com febre amarela reforça necessidade de moradores de Sousas e Joaquim Egídio tomarem a vacina. Até agora foram confirmados a morte de 21 macacos.
A divulgação de um caso suspeito de febre amarela, em Campinas, preocupou ainda mais a população de Sousas e Joaquim Egídio. Segundo a Secretaria da Saúde, a situação de risco para estas áreas continua a mesma, já que a confirmação da morte de três macacos com a doença, em março, já indicava a presença do vírus na região. O médico epidemiologista da Secretaria da Saúde, André Ribas Freitas, acredita que a divulgação ajuda a reforçar a importância de tomar a vacina, para quem ainda não está imunizado.
Segundo o médico, o registro do caso suspeito, se confirmado, será de febre amarela silvestre. Com isso, a doença continua restrita as áreas rurais, o que confirma a necessidade de imunização imediata apenas para as áreas já indicadas como risco. Ele orienta os moradores de áreas urbanas, que pretendem visitar Sousas, Joaquim Egídio e a região do Bairro Carlos Gomes, para que tomem a vacina, já que o uso de repelentes não é 100% eficaz. “Se não estiverem vacinados, melhor que não venham para estas áreas”, disse.
A Secretaria da Saúde de Campinas informa que a maioria da população destas áreas de risco já foi vacinada e que está sendo feito apenas um rescaldo da vacinação. Nesta quinta-feira (13) será divulgada como será a campanha na cidade, na próxima semana, mas a secretaria já adiantou que a vacinação será estendida para todos os Centros de Saúde. Desde janeiro foram aplicadas 76.301 doses da vacina. A maioria na área rural do município.
Sobre os macacos mortos encontrados nas últimas semanas, a Prefeitura informou que apenas três macacos tiveram a doença confirmada, outros 11 casos tiveram resultados negativos e sete ainda aguardam o laudo.
Caso suspeito
O caso suspeito de febre amarela é do caseiro do Condomínio Colinas do Atibaia. Ele tem 63 anos, está internado em um hospital público da cidade e, segundo a Prefeitura, está evoluindo bem. O início dos sintomas foi no dia 2 de abril. Desde janeiro, outros três casos suspeitos da doença foram investigados e descartados.
Neste caso atual porém, o paciente mora a um quilômetro de onde foram encontrados os três macacos positivos para febre amarela. Uma equipe da Secretaria de Saúde que atua na vacinação esteve na casa dele no dia 25 de março. Como ele não estava, foi deixada orientação para que ele fosse ao Centro de Saúde do seu bairro para tomar a dose da vacina, mas ele não compareceu.
O exame para confirmar ou descartar a doença está sendo processado no laboratório do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.