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sexta-feira, novembro 22, 2024

Clarice Lispector inspira fotógrafa

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Duas artes que se interagem: fotografia e literatura, tendo como inspiração, obras da escritora Clarice Lispector. Esta é a proposta da exposição O melhor está nas entrelinhas, assinada pela fotógrafa Anita Hirschbruch, que entra em cartaz nesta terça-feira, dia 5 de abril, no Espaço Cultural do TRT da 15ª Região, localizado no 1º andar do edifício-sede da Corte, em Campinas. O vernissage acontece às 17 horas, com a presença da artista. A sede do Regional Trabalhista fica na Rua Barão de Jaguara, 901, no Centro. A mostra estará aberta à visitação pública até 6 de maio, de segunda a sexta-feira, das 12 às 18 horas, com entrada franca.

O evento inaugura a programação 2011 do Espaço Cultural do TRT da 15ª Região, que foi concebido para abrigar exposições e manifestações artísticas, sempre gratuitas e abertas ao público, atuando como canal de fomento e acesso à cultura. A iniciativa está alinhada ao papel institucional do TRT, de promover ações de caráter social, ambiental e cultural que visam estimular a cidadania, o desenvolvimento e a inclusão social. 

A exposição O melhor está nas entrelinhas é composta por três ensaios fotográficos baseados nas obras “O ovo e a galinha” (1971), “Água viva” (1973) e “A maçã no escuro” (1961), de Clarice Lispector. As fotos são acompanhadas de trechos dos livros que, segundo Anita, têm a função de induzir à “leitura” das fotografias e vice-versa. “O desafio do trabalho foi procurar estabelecer equivalências entre estes textos literários e a fotografia, não no sentido de elaborar as imagens para que servissem como ilustrações aos textos nem tampouco fazer com que estes explicassem as imagens, mas tecendo uma intersecção entre elas, de modo a formar um terceiro objeto”, explica a fotógrafa.

Ao todo serão exibidas 76 fotos produzidas de modo analógico em filme preto e branco. As 12 peças da composição “O ovo e a galinha” foram realizadas com o emprego da técnica laboratorial conhecida como “puxamento de ASA”, que possibilita granular a fotografia, aproximando-a de um quadro expressionista/pontilhista. Já as 17 peças do ensaio “Água viva” receberam tratamento químico para que ficassem azuladas (banho de viragem, tratamento químico que modifica a cor da foto). As demais 47 peças, que compõem o ensaio “A maçã no escuro”, foram produzidas de modo tradicional.

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