Em um quadro de um programa humorístico, Bolsonaro foi perguntado sobre qual seria sua reação caso seu filho se apaixonasse por uma negra. O deputado respondeu que não “corria o risco” porque os filhos foram “muito bem-educados” e não viveram “em ambiente de promiscuidade”. Na terça (29), o parlamentar foi à tribuna se defender. Ele disse que se confundiu e achou que a pergunta se referia a homossexuais.
A nota assinada pelo conselho afirma que o deputado se aproveitou “da falta de instrumento legal que criminalize atos homofóbicos” para “se esquivar da acusação de racismo – crime tipificado na legislação brasileira -, agredindo e injuriando novamente a população LGBT”.
Ontem (30) a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção do Rio de Janeiro, encaminhou representação à Corregedoria da Câmara dos Deputados para que seja aberto processo contra Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar. Durante velório do ex-vice-presidente José Alencar, o parlamentar disse não temer perder o mandato por caudas das declarações.
Na nota, o CNCD pede que a Procuradoria-Geral da República instaure “investigação criminal para apuração do crime de racismo e injúria e difamação contra a população de mulheres e LGBT”. “Com tais posições e declarações, Bolsonaro reforça a sua faceta homofóbica, racista e sexista, agindo, de forma deliberada, com posturas incompatíveis com o decoro e a ética exigida de um representante da sociedade brasileira no Congresso Nacional, especialmente considerando os princípios da democracia e do respeito à diversidade do povo brasileiro”.





