
Presidente da Comissão de representação instalada na Câmara para avaliar as causas da crise financeira da Maternidade de Campinas, o vereador Dario Saadi (DEM), disse que vai encaminhar ao Executivo um pedido de reavaliação do contrato da instituição com o Sistema Único de Saúde (SUS). A revisão do contrato foi pedida nesta segunda-feira (14/02) pelo presidente da Maternidade, Carlos Alberto Figueiredo Cortes, em audiência na Câmara. Segundo ele, de cada 10 nascimentos registrados em Campinas quatro são feitos na Maternidade e, destes, 60% são atendimentos feitos pelo Sistema Único da Saúde (SUS). De acordo com Cortes a Maternidade tem hoje um déficit de R$ 500 mil por mês no atendimento do SUS.
O problema maior, segundo ele, é na UTI Neo Natal – que é referência regional com 36 leitos. Sozinha, a Maternidade faz mais atendimentos que PUC e Unicamp juntas. A UTI recebe R$ 1 mil para cada criança internada, mas em muitos casos este é o valor gasto por dia de internação, sendo que há internações que duram até um mês. Noventa porcento dos leitos da maternidade são destinados a pacientes do SUS. O contrato com o SUS será renegociado agora em abril e a Maternidade espera que seja adotado um sistema diferenciado.
Além disso, os funcionários ameaçam entrar em greve desde o início do ano, pois tiveram seu adiantamento suspenso e houve possibilidade de que ficassem sem receber os salários de janeiro. Para remediar a situação, a Prefeitura fará um repasse imediato de R$1,5 milhão para a maternidade.´
A crise financeira na maternidade tem origem em 2008, quando foi antecipado o fim do contrato para exploração da Rodoviária. Até então, os prejuízos causados pelo atendimento do SUS eram cobertos pelo lucro proveniente da Rodoviária.




