A Defesa Civil de Campinas apresentou ao prefeito Jonas Donizette, na tarde desta terça-feira, 12 de abril, balanço da Operação Verão realizada no período de 1º de dezembro de 2015 a 31 de março de 2016. A Operação Verão 2015/2016 foi a mais difícil dos últimos sete anos, segundo o diretor da Defesa Civil, Sidnei Furtado, mas foi exitosa, sem registro de óbito em Campinas e com prontidão no atendimento as ocorrências.“Enfrentamos situações dramáticas com fortes e intensas chuvas, mas a prontidão da equipe de trabalho de plantão permitiu resultados positivos”, disse o prefeito Jonas Donizette após a apresentação dos números que mostram que, apesar da região de Campinas ter sido a mais atingida pelas chuvas entre todas as demais regiões do Estado de São Paulo, o objetivo da Defesa Civil de preservar vidas e reduzir danos humanos, materiais e ambientais foi cumprido.
O prefeito ressaltou a solidariedade da população e cumprimentou a todos os envolvidos no trabalho multidisciplinar de várias secretarias da Prefeitura e como cada uma executa a tarefa de minimizar as consequências das chuvas fortes. Segundo Sidnei Furtado, a Operação Verão 2015/2016 exigiu mais equipamentos e efetivo se comparada às operações anteriores. Ele explicou que este ano foram cerca de 150 pessoas envolvidas, três vezes mais que nas anteriores.
O verão deste ano foi muito chuvoso, marcado por temporais de curta duração, e com elevados volumes de chuva em poucas horas, alagamentos e inundações rápidas. Os bairros mais atingidos pelas ruas em Campinas foram a Região Sul (Jardim Samambaia e Jardim do Lago) e Região Norte (Barão Geraldo), além de Sousas e Joaquim Egídio.
Foram somente quatro desabrigados em Campinas neste período contra 16 na Operação 2014/2015. Outro dado importante foi a realocação de 17 famílias que estavam em área de risco nas regiões Sul e Leste no dia 29 de dezembro, véspera do Ano Novo. “Constatado o risco, chamamos a Secretaria de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, removemos as famílias e demolimos as moradias. Foi um trabalho rápido e preventivo que evitou danos”, disse Furtado.
O prefeito também ressaltou o trabalho social que foi realizado na Operação deste ano. A Secretaria de Cidadania atendeu 189 famílias, forneceu 122 cestas básicas, 155 colchões e 88 cobertores. A Coordenadoria Especial de Habitação Popular concedeu 45 auxílios-moradia.
Números
O número de quedas de árvores diminuiu durante as últimas três Operações Verão. Foram registradas 169 quedas de árvores em 2016, contra 159 na Operação de 2015 e 495 na de 2014. “Isso mostra o trabalho de arborização da cidade com a manutenção da vegetação urbana”, destacou o prefeito.
A Defesa Civil de Campinas atendeu 15.159 ligações no número 199, enquanto na Operação Verão 2014/2015 foram 14.367 ligações atendidas. Foram registradas 935 ocorrências – na Operação anterior foram 701. O mês de março foi o mais atípico como mostra o número de ocorrências atendidas pela Defesa Civil: 250 em março contra 202 em fevereiro e 195 em janeiro.
Operação Estiagem
A Defesa Civil vai antecipar o início da Operação Estiagem deste ano que começaria em junho. A Operação começa dia 1º de maio e termina 30 de setembro. A medida foi adotada porque há previsão de um período mais seco e que se estenderá por um período mais longo. “A seca também traz suas preocupações como as queimadas”, pontuou o prefeito.
Jonas lembrou que Campinas foi a primeira cidade do Brasil certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como cidade modelo de boas práticas na construção de resiliência para a redução de riscos e desastres e que tem feito “excelente trabalho como mostra o balanço da Defesa Civil”.
O balanço traz também atividades realizadas pela Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e da Sanasa. Foram realizadas 40 vistorias conjuntas com a Defesa Civil e Verde. A Sanasa atendeu 34 ocorrências, seis delas relacionadas à rede de água e 16 de esgoto.
A Defesa Civil adotou ações estratégicas para a Operação Verão 2015/2016. Entre elas, a instalação de sensor para evitar alagamentos às margens do Rio Atibaia no Distrito de Sousas e um segundo sensor na rua Giuseppe Máximo Scolfaro, na estrada da Rhodia, em Barão Geraldo. O dispositivo aponta o volume de água no trecho avisando o risco de alagamento.
Outra medida foi a instalação do Centro de Gerenciamento da Defesa Civil dentro da CimCamp o que permitiu a todos os órgãos envolvidos na Operação Verão a visualização em tempo real da chegada das chuvas bem como os locais mais afetados.
