Espanha e Holanda disputarão uma partida decisiva nesta sexta-feira (13) em Salvador pelo Grupo B, na estreia das equipes na Copa do Mundo de 2014, reeditando a final do último Mundial e de olho em escapar do Brasil nas oitavas de final da competição.
A Holanda, que perdeu na final de Joanesburgo por 1 a 0 para a Espanha há quatro anos, pode dar o troco em caso de vitória, abrindo vantagem para garantir o primeiro lugar na chave. E a liderança é encarada como fundamental, já que o segundo pode enfrentar na segunda fase o Brasil, favorito do Grupo A.
No mesmo dia, em outra partida do Grupo B, jogarão em Cuiabá Austrália e Chile, outro aspirante a uma das duas vagas nas oitavas de final.
A Espanha chega ao duelo como grande favorita, com a mesma base que venceu o Mundial de 2010 e, dois anos depois, a Eurocopa de 2012, enquanto a Holanda tem uma seleção rejuvenescida na defesa, mas segue confiando nos experientes atacantes Wesley Sneijder, Robin van Perdie e Arjen Robben.
As principais dúvidas de Vicente del Bosque para a partida giram em torno do parceiro de Sergio Ramos na zaga. A disputa é entre Javi Martínez ou Gerard Piqué.
O técnico espanhol pode optar por um só volante, Sergio Busquets, deixando Xabi Alonso no banco, apesar de Del Bosque ter treinado diversas vezes com o jogador do Real Madrid na equipe titular.
“Eles devem jogar com cinco defensores e buscando o contra-ataque. Temos que controlar esses contra-ataques e os jogadores mais perigosos, Robben, Van Persie e Sneijder. Vencer nos daria muita tranquilidade para enfrentarmos as próximas partidas”, analisou Busquets.
Já Del Bosque tem consciência de que um passo em falso na primeira partida seria muito mais perigoso do que a há quatro anos, quando a Espanha perdeu para a Suíça na estreia, mas acabou conquistando o título.
“A primeira partida é a que mais me preocupa. A Holanda é uma seleção que está bem organizada, bem dirigida e que, com certeza, vai complicar nossas vidas”, afirmou o técnico espanhol.
O adversário é comandado por Louis van Gaal, que depois da Copa será o treinador do Manchester United.
Van Gaal, que usará uma tática mais prudente, é acusado pela imprensa de abandonar os princípios da escola holandesa e o famoso 4-3-3, tão querido no país do “futebol total”.
“Fiz minhas escolhas em função do ‘material futebolístico’ que tenho à disposição. A lesão de Kevin Strootman, meu único volante ofensivo, me obrigou a rever meus planos”, justificou Van Gaal.
“Não vou ao Mundial para ganhar um concurso de beleza. É verdade, com o 5-3-2, não se dá muito espetáculo. Os torcedores já ficam avisados”, disse Van Gaal.
“Vi a partida entre Espanha e Bolívia (2-0) da semana passada. Os campeões do mundo sofreram muito diante de uma equipe com cinco defensores. Isso reforça minha convicção de jogar desta maneira contra os espanhóis, com uma defesa muito compacta”, anunciou o técnico holandês.
