Véspera de feriado prolongado é hora de muitos motoristas pegarem a estrada. Viajar significa desembolsar dinheiro em pedágio e combustível. E pelo menos nesse último quesito, pesquisar ainda é a melhor fórmula para economizar.
Em Campinas, nos últimos cinco anos o preço médio do etanol subiu 79,86%. No mês de junho de 2009, o custo médio do litro era de R$ 1,048. Neste mês, está em R$ 1,885.
Se no passado o etanol era uma opção vantajosa, hoje é necessário colocar na ponta do lápis se compensa mais o derivado da cana ou a gasolina. No campo, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, o valor do litro era de R$ 0,581 no começo de junho de 2009 e disparou para R$ 1,215 neste mês – uma alta de 109,22%.
Varejo
Na ponta, os revendedores afirmaram que reduziram a margem de lucro para garantir a freguesia. O setor é mais concentrado do que o segmento da distribuição e as usinas açucareiras.
Os consumidores comentaram que é complicado entender o vaivém dos preços dos combustíveis no Brasil. Os revendedores afirmaram que o custo da gasolina vem se mantendo estável porque é subsidiado pelo governo – o valor deveria estar entre 10% e 15% mais caro para se equiparar com os valores no mercado internacional – o petróleo é uma commoditie que tem o preço balizado pelo mercado no Exterior.
De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o valor médio do litro da gasolina neste mês é de R$ 2,853. Em 2009, o valor era de R$ 2,358 – uma alta de 21%.
Mercado
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região (Recap), Flavio Martini de Souza Campos, afirmou que o custo dos combustíveis está estável este mês e houve até uma redução no preço do litro do etanol em relação ao início do ano.
“Com a entrada da safra de cana-de-açúcar, caiu o custo no campo e a diminuição foi repassada para o consumidor. Como o nosso setor é muito concorrido, trabalhamos com margens bem apertadas”, disse.