O Ministério Público de Campinas e de Piracicaba detalhou a operação que teve como alvo o núcleo operacional do crime organizado no interior do estado de São Paulo, nesta terça-feira. Na região de Campinas foram 29 mandados de busca e apreensão e 22 ordens de prisão expedidas pela terceira vara criminal. 16 pessoas foram presas durante a operação. Outras duas já estavam detidas e dois procurados continuam foragidos. Dois dos procurados resistiram a prisão e entraram em confronto com a Polícia Militar e foram mortos durante a troca de tiros. Eles foram identificados como José Francisco da Silva, que foi morto em Hortolândia; e Sílvio Silvestre da Rocha, morto em Santa Bárbara d’Oeste.
Dois dos principais alvos do Ministério Público na região de Campinas foram presos e só tiveram os apelidos divulgados para não prejudicar as investigações. O suspeito identificado como Angolano cuidava da parte financeira da facção criminosa em todo o interior paulista. O outro, identificado como Doutor, prestava assessoria jurídica para membros da organização. Segundo o promotor do Gaeco, Jandir Moura Torres Neto, a operação do Ministério Público tinha como alvo atingir os membros mais altos da hierarquia da facção criminosa. Segundo ele, o objetivo foi alcançado com a prisão dos suspeitos identificados como Angolano e Doutor. Na região de Campinas, participaram da operação 220 policiais militares. Foram apreendidos 15 veículos, três armas, quase R$ 100 mil em dinheiro e drogas.
Já na região de Piracicaba, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e oito ordens de prisão. Dos oito alvos da operação, sete foram presos nessa terça-feira e o outro já estava detido no sistema prisional. Os policiais também apreenderam uma tonelada de maconha. O promotor do Gaeco de Piracicaba, André Camilo Castro Jardim, disse que a apreensão da droga foi possível devido a prisão de um dos suspeitos que estaria operando uma nova rota do tráfico de entorpecentes para a região. Segundo ele, a facção busca as drogas em grande escala no Mato Grosso do Sul e distribuíam no interior paulista e também em Santa Catarina.
A operação, comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e a Polícia Militar em todo o interior do estado de São Paulo, prendeu pelo menos 61 pessoas acusadas de integrar a facção criminosa.
