Duplicação da rodovia trará cobrança eletrônica que encarece transporte, preocupa empresários locais e pode reduzir fluxo de visitantes na Expoflora
Por Sandra Venancio
O recente anúncio do governador Tarcisio de Freitas, da duplicação da Rodovia Prefeito Aziz Lian (SP-107), incluindo a instalação de pedágios no modelo “free flow”, tem gerado preocupações significativas entre empresários e moradores da região, especialmente em Holambra, conhecida como a “Cidade das Flores”.
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A cobrança de pedágio, mesmo no formato eletrônico, representa um aumento nos custos operacionais para empresas locais que dependem da rodovia para transporte de mercadorias e acesso a fornecedores. Esse encargo adicional pode afetar a competitividade dos negócios, especialmente para pequenos empreendedores que já enfrentam margens apertadas.

A comunidade tem se mobilizado contra a implementação dos pedágios. Vereadores de Holambra apresentaram moções de repúdio e participaram de audiências na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para expressar suas preocupações. Além disso, ajustes no sistema de pedágio têm sido feitos em outras regiões do estado, como Sorocaba, onde pórticos foram instalados inicialmente para cobrança, mas posteriormente passaram a funcionar apenas para contagem de veículos após críticas da população.
Impacto no Turismo e na Expoflora
Holambra atrai milhares de turistas anualmente para eventos como a Expoflora. A introdução de pedágios pode desestimular visitantes, especialmente aqueles que utilizam a rodovia para chegar ao evento. A cobrança adicional pode ser vista como um obstáculo, afetando negativamente o fluxo turístico e, consequentemente, a economia local.
Embora a duplicação da SP-107 possa trazer benefícios em termos de segurança e fluidez do tráfego, é essencial que o governo estadual considere os impactos econômicos e turísticos da cobrança de pedágios na região. Uma abordagem equilibrada, que leve em conta as necessidades da comunidade local, é crucial para garantir que as melhorias na infraestrutura rodoviária não resultem em prejuízos para os negócios e o turismo da região.




