No Brasil, reconhecer não é regra
O atual prefeito, Hélio de Oliveira Santos (PDT), conseguiu diminuir a diferença de votos que Lula tinha em relação à disputa presidencial diante de candidatos do PSDB na cidade de Campinas. Esse mérito foi até reconhecido pelo presidente do PT campineiro, Ari Fernandes, nesta publicação. Ah, antes que cometa uma gafe, foi Dilma Rousseff quem concorreu desta vez.
Aqui se faz, aqui se paga
Entretanto, Hélio cultivou inimigos, mas não só Paulinho da Força Sindical do PDT. O atual prefeito tem em seus calcanhares petistas campineiros fustigando o seu lugar no Palácio dos Jequitibás.
Hélio não é bobo
Pessoas ligadas ao PDT sabem que Hélio só deixará a Prefeitura de Campinas no final de 2011. Segundo estes pedetistas, o prefeito tem que ajeitar a casa para entregá-la ao petista e vice-prefeito Demétrio. Lá pelas bandas dos Jequitibás há muito que acertar em termos de dinheiro e contas a pagar. Hélio sabe que a casa tem que estar em ordem para que petistas não o joguem na lama.
PT no retrovisor
Lula indicou Hélio em dois mandatos e os petistas tiveram que engolir a seco. Nem tanto, um petista foi para a Petrobras, o outro para Agência Nacional das Águas e…deixa para lá. Lula deu cargo para os desafetos de Hélio e tudo se aquietou. Agora parece que o jogo começa a virar contra o prefeito e, mais uma vez, as peças no tabuleiro político se movimentam a esmo.
Estrangeiro, nem tanto
Nesta mudança de conjuntura, onde a eleição para a presidência da Câmara ditará quem será o futuro prefeito de Campinas, vale a sabedoria oriental do silêncio. É isto que o atual presidente da Câmara, Aurélio Claudio, diz estar praticando. Será? Aurélio até que teve paciência, aguentou o prefeito apoiando o eleito deputado estadual, Gerson Bittencourt. É, agora chegou a hora da onça beber água. Gerson veio de Sampa, teve 38 mil votos lá e 28 mil aqui, nada mal.
Fez água, será?
O petista e vereador, Josias Lech, acredita que a proximidade entre PDT e PT é mais racional sob o aspecto da proporcionalidade para a disputa da presidência da Câmara. Segundo ele, faz parte do jogo democrático que o partido de maior representação, em termos de número de vereadores, seja conduzido naturalmente a presidência da casa.
Abanando com leque
Nada mais justo do que perguntar ao vereador petista se este não é um prenúncio do que acontecerá em 2012, quando haverá eleições municipais para prefeito e vereadores. Sobre o sim ou não da questão, Lech preferiu responder que é cedo para falar do assunto. “Reconheço que a escolha da presidência da Câmara influirá no futuro do partido (PT)”.
Conversas horizontais
Lech, entretanto, aponta que a bancada do PT acertou uma agenda para discutir nos próximos dias com os partidos de oposição e da base de Hélio sobre possíveis alianças para eleger o novo presidente da Câmara. São necessários 17 votos para levar a cadeira do legislativo.
Pangaré e puro sangue
Em política, como só os velhos políticos sabem, anunciar antes do tempo a candidatura é fria. É como o turfe de cavalos de raça, o sujeito dispara como um puro sangue e chega à reta final com um pangaré.
Barraco
O Politizador, vereador de Campinas, conhecido por perambular pelas ruas centrais de Campinas, com um megafone em punho criticando o descaso com a coisa pública, deu o seu show particular durante sessão da Câmara nesta última segunda-feira. Lá pelas tantas, bradou no microfone: Para colocar luz na praça (leia-se Largo do Rosário) tem que pedir ordem para o PT.
Barraco II
Falava a plenos pulmões no auditório da Câmara, mostrando um documento assinado que comprovava o suposto absurdo. Arrancava risadas de uns e muxoxos de opositores. O vereador petista Canário bem que tentou responder ao nobre colega ensandecido ao pedir um aparte. Aparte concedido. O primeiro verbo de Canário e pronto: Não concedo aparte coisa nenhuma ao senhor, desferiu O Politizador. Foram 20 minutos para se resolver desta maneira o entrevero.