Com a economia de energia seria possível abastecer Campinas por oito dias
O horário de verão este ano começará a meia noite do dia 16 de outubro, quando os relógios deverão ser adiantados uma hora.
Desde o ano passado, existe um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que institui datas fixas para o início e o fim do horário de verão. De acordo com o decreto nº 6.558, o horário de verão começará a partir da meia noite do terceiro domingo de outubro de cada ano até meia noite do terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. Porém se a data final do horário de verão coincidir com o domingo de carnaval, o prazo será estendido para o domingo seguinte.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, e atualmente é muito bem aceito pela população, uma vez que a mudança contribui para o lazer, para a economia e para diminuir os riscos de falta de energia elétrica em horários em que seu consumo é maior.
Segundo a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), no ano passado foi observada uma redução de 0,9% no consumo de energia elétrica nas 234 cidades onde há distribuição de eletricidade pela Companhia, e ainda uma diminuição de 1,4% na demanda por energia no horário mais crítico, que vai das 18 às 21h. Essa economia seria suficiente para atender uma cidade do porte de Campinas por um período de oito dias.
A economia é possível graças ao melhor aproveitamento da luz natural, em função da defasagem em relação ao horário normal. O procedimento é realizado durante o verão, quando os dias são naturalmente mais longos nas regiões distantes da linha do Equador em função da posição da Terra em relação ao Sol.
Economizar energia é economizar água
A economia gerada pelo horário de verão também atua positivamente no meio ambiente, já que cerca de 90% da matriz elétrica nacional é proveniente de geração hídrica.
Segundo a assessoria de imprensa da CPFL, o período do horário de verão coincide com o período das chuvas e torna-se propício para “economizar” água na produção de eletricidade mantendo os reservatórios cheios para enfrentar o período de estiagem. Com os reservatórios vazios, teria que se utilizar mais água, prejudicando o ecossistema dos rios e abastecimento das cidades. Além disso, com o nível baixo, começam a ser utilizadas outras fontes de energia mais poluentes, como as usinas a óleo e a carvão, que jogam toneladas de poluentes na atmosfera, contribuindo para o efeito estufa.
Por: Mariana Dorigatti