José Eduardo foi medalhista de bronze na IBO 2022, em Yerevan, na Armênia / Acervo pessoal
José Eduardo Pascalicchio Bertozzi, morador de Vinhedo (SP), conquistou medalha de bronze na 33ª Olimpíada Internacional de Biologia (IBO), principal competição de Biologia do mundo para estudantes do Ensino Médio.
Bertozzi tem 18 anos e é aluno do Colégio Etapa (Valinhos). Ele integrou a equipe olímpica do Brasil, que também contou com a participação de outros três competidores: Nailton Gama de Castro (menção honrosa); Ana Beatriz Silva Buarque (menção honrosa); e Thiago Luis Marques Lopes.
A IBO 2022 começou dia 10 de julho, em Yerevan, capital da Armênia, e a cerimônia de encerramento ocorreu na última segunda-feira (18). As provas foram realizadas em duas etapas (teórica e prática). Um dos aspectos importantes desta edição foi a Bioinformática, campo de pesquisa científica que combina Biologia, Ciência da Computação, Ciência de Dados, Matemática e Estatística para conduzir análises de dados associados à Biociência moderna.
A olimpíada contou com a participação de 400 estudantes de 62 países e uma delegação olímpica independente. Cada equipe contou com a participação de 4 competidores.
Histórico do brasileiro medalhista de bronze na IBO 2022
José Eduardo Pascalicchio Bertozzi tem 18 anos e é natural de São Paulo (SP). O jovem mora em Vinhedo (SP) e cursa a 3ª série do Ensino Médio no Colégio Etapa (Valinhos), onde ingressou ainda durante o Ensino Fundamental II.
Bertozzi participou das atividades de Robótica oferecidas pelo Colégio e recebeu uma medalha de prata (2018) na Olimpíada Brasileira de Robótica (Nível 1 – Modalidade Prática). Posteriormente, ingressou na equipe olímpica de Biologia, com a qual conquistou um bronze (2021) e um ouro (2022) na Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB).
Sua paixão pela disciplina vem do interesse pelo funcionamento dos sistemas biológicos. “Vejo muita beleza na complexidade desses sistemas e acredito que a compreensão deles é crucial para o desenvolvimento humano”, afirma o aluno.
Para o jovem, os aprendizados que recebeu por meio das olimpíadas científicas vão além do conteúdo acadêmico. “A participação nos torneios me ajudou a ter autoconfiança, disciplina, a desenvolver o hábito de estudar diariamente, a superar desafios e a trabalhar em equipe”, conta Bertozzi.
Sobre a Olimpíada Internacional de Biologia
Criada com o intuito de difundir e estimular os estudos sobre Biologia, a IBO ocorreu pela primeira vez em 1990, na República Tcheca, com a participação de apenas 6 países. Atualmente, mais de 70 nações já aderiram ao torneio.
As edições de 2020 e 2021 foram canceladas devido à pandemia da Covid-19. Em substituição, o comitê organizador realizou eventos virtuais, denominados IBO Challenges, para promover a troca de experiências entre os estudantes.
Na IBO, os participantes precisam realizar dois exames teóricos, com 50 questões cada, e quatro exames práticos sobre Bioquímica, Bioinformática, Botânica, Biossistemas e Zoologia. Cada prova deve ser realizada em até 1 hora e 30 minutos.
Para competir na IBO, é necessário que o aluno esteja entre os quatro primeiros colocados nas olimpíadas nacionais. No caso do Brasil, os estudantes medalhistas na Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB) se classificaram para as provas seletivas das principais competições internacionais – além da IBO, há também a Olimpíada Ibero-Americana de Biologia (OIAB).