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terça-feira, outubro 28, 2025
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Lula afirma que pretende discutir com Trump sanções dos EUA a ministros do STF

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Em entrevista ao final de sua visita à Indonésia, o presidente afirmou que vai levar o tema ao encontro com Donald Trump na Malásia; o foco são penalidades impostas a magistrados da corte brasileira

Por Sandra Venancio


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na madrugada desta sexta-feira (24/10), durante viagem à Indonésia, que pretende levar ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a discussão sobre punições aplicadas pelos EUA a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Lula declarou que vê como injustificadas as sanções determinadas pelos EUA contra integrantes da corte brasileira e que pretende abordar o assunto no encontro com Trump, programado para a Malásia, durante compromissos ligados à Association of Southeast Asian Nations (ASEAN). Ric.com.br+2NSC Total+

Presidentes do Brasil e dos EUA se encontrarão na Malásia. Foto Ricardo Stuckert/PR

Segundo o presidente, o Brasil já apresentou “mensagens claras” de protagonismo em meio ambiente e justiça, o que torna a punição estrangeira a magistrados nacionais uma afronta à soberania do país. Ele afirmou: “Não há explicação, nenhum entendimento” para esse tipo de medida.

As penalidades citadas referem-se a sanções dos EUA com base na chamada Lei Magnitsky, empregada para punir agentes que cerceiam direitos humanos ou instituições democráticas. Entre os efeitos estão revogação de vistos e congelamento de bens de certos magistrados.

O governo americano alegou que os alvos das sanções participaram de violações de liberdades fundamentais ou tiveram papel relevante em julgamentos considerados políticamente motivados.

Diplomacia
A intervenção direta de um chefe de Estado para questionar sanções contra magistrados de outro país representa uma escalada diplomática significativa. O diálogo com os EUA pode abrir duas frentes: uma tentativa de reversão das penalidades e outra de negociação sobre tarifas ou barreiras comerciais relacionadas ao tema. O Brasil, por meio de Lula, reforça que essa abordagem não representa fragilidade, mas defesa da soberania nacional.

Especialistas consideram que o encontro entre Lula e Trump marca um momento de tensão diplomática inusitada entre Brasil e EUA, pois normalmente sanções a membros de cortes supremas não entram na pauta bilateral pública desse nível.

PRÓXIMOS PASSOS
O encontro entre Lula e Trump está marcado para os próximos dias na Malásia, durante visita oficial de Estado. Espera-se que ambas equipes negociem uma pauta ampla — incluindo comércio, meio ambiente e agora as sanções judiciais. O resultado desse diálogo pode ter impactos práticos para a relação Brasil-EUA, para os alvos das penalidades e para a credibilidade institucional do STF.

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